Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

A temida calvície

Amanda Milléo
29/06/2014 03:15
Elas podem não ficar com o couro cabeludo completamente vazio, mas sofrem com a calvície tanto quanto os homens. A partir da puberdade, mas especialmente após os 35 anos, as mulheres devem ficar atentas à perda ou afinamento dos fios, especialmente quando existem casos de calvície feminina na família. Apesar de o tratamento não reverter o cenário em todos os casos, é possível manter os fios restantes ou minimizar os efeitos com um cuidado precoce.
Estresse acentuado, pós-gravidez, uso de antibióticos e anti-inflamatórios e alteração de peso podem influenciar a queda dos fios. O fator genético, no entanto, é um dos principais responsáveis para a apresentação da doença, segundo a professora de Dermatologia da Universidade Federal do Paraná, Fabiane Brenner. Se, além do histórico familiar, fizer uso de anticoncepcionais ou outros medicamentos hormonais, o risco aumenta. “Assim como a chegada da menopausa, alguns hormônios podem acentuar a queda. Porém, não é a queda que mais incomoda, mas o fato de o fio voltar mais fino, o que deixa o couro cabeludo mais visível ao paciente”, explica a dermatologista.
A queda dos fios nas mulheres começa pela região central da cabeça, próxima da linha do cabelo. Como os fios caem discretamente, ao menor sinal o ideal é buscar um dermatologista especialista em tricologia para o mapeamento do couro cabeludo.
Resultados
As calvícies com tendência genética não podem ser prevenidas, mas podem ser tratadas precocemente com medicamentos de uso externo e orais. “A de tipo androgenética tem influência de um componente hormonal masculino, que todas as mulheres possuem. Em geral, usamos um produto tópico que estimula a repilação (reversão de fios finos a normais) e bloqueadores hormonais que impedem a ação do hormônio masculino no couro cabeludo”, explica a dermatologista Fabiane. O excesso do hormônio masculino influencia a queda dos fios e o aumento de pelos em outras partes do corpo, acne e até mesmo infertilidade.
Mudanças na alimentação e carências de nutrientes também influenciam na queda dos fios, mas não no afinamento deles. “Em caso de doença, o organismo pode deixar de produzir cabelo porque é algo “supérfluo” para o corpo, por isto é importante ter uma alimentação equilibrada e variada”, afirma a dermatologista e médica do Hospital Santa Casa de Porto Alegre, Giselle Martins Pinto.