Saúde e Bem-Estar

Amanda Milléo

Diga adeus às varizes

Amanda Milléo
19/10/2014 03:04
Com a promessa de reduzir o tempo de recuperação e os efeitos colaterais (amortecimento e tromboembolismo), métodos menos agressivos passaram a ser alternativa à tradicional cirurgia para combater as temidas e desagradáveis varizes. E o tratamento a laser vem ganhado destaque, segundo especialistas.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Pedro Pablo Komlós, a técnica traz resultados melhores dependendo da região do corpo em que for utilizada. “Em locais resistentes, como rosto e pé, o laser pode funcionar, mas nas pernas não é sempre que o efeito é tão bom”, pondera. Em comparação à cirurgia de stripping, quando as veias são retiradas cirurgicamente, o laser traz mais benefícios, completa o cirurgião vascular Cristiano Schmitt, membro da SBACV. “A chance de trombose venosa profunda com o laser é praticamente zero, da mesma forma infecção. Não há incisão e o amortecimento da pele fica em torno de 2%, enquanto na cirurgia é cerca de 20%”, alega.
A escleroterapia – injeção de líquido cáustico para inutilizar as veias – ganhou nos últimos anos uma nova modalidade: a escleroterapia com espuma. De acordo com o presidente da SBACV, a técnica é indicada a quem tem varizes grandes, com feridas, mas não se trata de um método estético, pois deixa muitas manchas. “Indicamos mais para quem tem varizes que variam da classe 3 a 6 – sendo a três quando são tantas varizes que incham todos os dias e seis quando foi aberta uma ferida na pele devido ao coçar”, acrescenta Schmitt.
“Moca”
A última novidade em discussão nos congressos internacionais de angiologia e cirurgia vascular é o método químico mecânico, conhecido por “Moca”. “Trata-se de um cateter de radiofrequência muito fino, que faz uma rotação em uma velocidade muito alta dentro da veia. Como resultado, a veia esquenta e, então, se injeta um líquido cáustico, inutilizando a veia”, explica Schmitt. A novidade dessa técnica é a não necessidade de anestesia. “Você faz no consultório e depois levanta e anda normalmente, sem precisar de um tempo longo de descanso”, afirma. A expectativa, segundo Schmitt, é que o novo método chegue aos consultórios no início do próximo ano.