Saúde e Bem-Estar
Bruna Covacci
Papanicolau: toda mulher tem que fazer o exame
Mulheres que têm antecedentes de câncer de mama ou ovário na família deve iniciar o acompanhamento médico com antecedência. Foto: Bigstock.
- O exame
Feito durante o exame ginecológico de rotina, o procedimento consiste em uma raspagem das células do colo do útero. “Para fazer a raspagem, o médico coloca um aparelho (espéculo) na entrada da vagina. Isso pode causar um pouco de dor, mas nada insuportável”, explica. A dor também pode estar associada a algum problema na região.- O exame
- Tem que fazer!
Toda mulher em período fértil, independente de ter ou não a vida sexual ativa, deve fazer o exame todos os anos. “Assim que a paciente tiver três preventivos normais consecutivos é possível espaçar o tempo da reconsulta para dois ou três anos”, explica o ginecologista e obstetra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Edison Luiz de Almeida Tizzot. Apareceu corrimento? É bom refazer a coleta: quando um problema não foi detectado em uma consulta, pode ser percebido em outra e tratado a tempo”, diz.- Tem que fazer!
- 20 anos
Aos 20 anos (ou ao iniciar as relações sexuais) alguns cuidados preventivos são necessários, como a vacinação contra a infecção por HPV, responsável pela transmissão do condiloma e da maioria dos cânceres de colo do útero, e a vacinação para Hepatite B. Recomendado também nesta fase a realização de ultrassom pélvico transvaginal e de mamas, pois eles ajudam na identificação precoce de alterações tais como cistos nos ovários, ovários policísticos, endometriose e nódulos mamários.- 20 anos
- 30 anos
Doenças relacionadas ao aparelho genital feminino ainda são o foco nesta fase da vida. “Portanto, colpocitologia oncótica e ultrassonografia devem ser mantidos na rotina”, afirma Cris. O rastreamento do câncer de mama com exame clínico e mamografia também pode ser necessário em mulheres com histórico na família. “Mulheres com parentes de primeiro grau que tiveram a doença antes dos 50 anos, ou que tiveram câncer bilateral de mama ou ovário em qualquer idade, já devem começar com os exames nesta fase”, orienta. Além desses cuidados, alguns profissionais recomendam uma atenção especial à tireoide, glândula na região do pescoço que produz hormônios importantes para a saúde feminina. “Portanto, uma avaliação dos hormônios tireoidianos deve ser realizada, associado a um ultrassom de tireoide”, recomenda a médica.- 30 anos
- 40 anos
Aqui, a mamografia passa a fazer parte do check up feminino. Segundo o INCA, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Também é importante acrescentar uma avaliação cardiológica nessa fase, pois ocorrem alterações hormonais que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares.- 40 anos
- 50 anos
Com a chegada da menopausa, as chances de osteoporose são maiores e o exame de densitometria óssea torna-se ainda mais importante. O risco de desenvolver doenças relacionadas ao coração passa a ser duas ou três vezes maior. “Os cânceres de mama, cólon e colo uterino são os mais comuns”, sendo importante continuar com mamografia, papanicolau, exames de sangue e colonoscopia.- 50 anos
- 60 anos
Os exames são os mesmos, mas precisam ser ainda mais frequentes. Cuidados com a osteoporose devem ser intensificados, com a realização periódica da densitometria óssea. “Além disso, a ida ao cardiologista para prevenção da hipertensão arterial e doenças do coração deve ser uma regra”. Os demais exames ( laboratoriais, ultrassonografia, mamografia e colonoscopia) não podem deixar de ser realizados.- 60 anos