Saúde e Bem-Estar

Adriano Justino

Mitos e verdades sobre o vegetarianismo

Adriano Justino
19/09/2013 03:30
Vegetarianos têm falta de cálcio
Mito. Ao retirar os laticínios da dieta, é fundamental manter as fontes vegetais mais ricas em cálcio, algo comum entre intolerantes à lactose, e optar por leites vegetais enriquecidos.
Substituir a carne é impossível.
Mito. Os nutrientes da carne são encontrados em vegetais, principal­mente em leguminosas (feijões, lentilhas, ervilha, grão-de-bico, fava e soja) que fornecem proteínas, ferro e zinco.
A proteína vegetal é diferente da animal
Verdade. A qualidade depende da fonte da proteína vegetal ou da sua combinação. As vegetais podem ser iguais ou melhores do que as animais. Alguns alimentos apresentam teor baixo de um ou mais aminoácidos específicos, por este motivo a importância da boa combinação.
Vegetarianos são sempre mais magros
Mito. Os estudos populacionais mostram que os vegetarianos tendem a ser menos gordos do que os onívoros, mas o vegetariano pode ficar obeso. Os alimentos de origem vegetal, na sua grande maioria, são mais volumosos e com menos calorias. Isso auxilia na manutenção do peso, mas o tipo de preparo também influencia a ingestão calórica e de gordura.
Esportes de alto rendimento não devem ser feitos por vegetarianos
Mito. Dependendo da intensidade do esporte, o nutricionista indicará a melhor dieta. Para o esportista, a alimentação deve ser variada: cereais integrais, legu­minosas, verduras, legumes, semen­tes e oleaginosas. O consumo deve ser equili­brado e acompanhado por profissional.
Vegetarianos sempre precisam tomar vitamina
Verdade. Todos os produtos de origem animal são substituíveis, exceto a vitamina B12, o único nutriente que pode estar ausente na dieta vegeta­riana estrita e que precisa de suple­mentação, de preferência via oral e com acompanhamento especializado.
Fontes: Ricardo Laurino, coordenador da Sociedade Vegetariana Brasileira – Grupo Curitiba, Paula Gandin, nutricionista especializada em nutrição funcional e esportiva, Ana Ceregatti, nutricionista, Julio César Navarro, cardiologista do Instituto do Coração do HC/SP e Eric Slywitch, médico nutrologista.
O IV Congresso Vegetaria­no Brasileiro acontece de 25 a 29 de setembro em Curiti­ba. Informações e inscrições pelo www.vegfest.com.br.
Melanoma pode ser detectado pelo odor
Um odor característico emitido pelas células do melanoma pode ser um novo método para diagnosticar a doença. Um estudo realizado no Monell Center, na Philadelphia, Estados Unidos, publicado no Journal of Chromatography B, utilizou técnicas que identificavam compostos orgânicos voláteis (VOCs), moléculas químicas que emitem odor, em amostras colhidas da pele. Os VOCs foram diferenciados em três estágios de melanoma e em melanócitos normais. As células de melanoma emitiram compostos que diferiam daqueles emitidos pelas células sadias. Os diferentes tipos de células de melanoma também foram distinguidos pelo tipo de compostos químicos que liberaram.
Boca seca faz com que a salivação seja reduzida pela metade aos 60 anos, dificultando a deglutição, a resistência bucal, e acelera a perda dos dentes, segundo Artur Cerri, coordenador da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas. Ela pode ser fisiológica ou indicar doenças sistêmicas, estimulando o aparecimento de cáries, infecções bucais e gengivites. Os sintomas são: sensação pegajosa na língua (pela falta de saliva); mau hálito, língua avermelhada, áspera, seca; sensação ruim na garganta (como um pigarro); sede frequente; feridas nos cantos da boca e fissuras nos lábios; ardência lingual; dificuldade ao falar e rouquidão, secura nas vias nasais e dor de garganta.
Anemia aumenta o risco de demência
Mais de 2,5 mil norte-americanos foram analisados nos últimos 11 anos para constatar a ligação entre anemia e demência. A pesquisa da Universidade da Califórnia apontou que a deficiência das células vermelhas (hemácias) aumentou em 49% o risco de desenvolver a demência, síndrome que deteriora a memória, o raciocínio, comportamento e habilidade, segundo a Organização Mundial da Saúde. A pesquisa foi publicada no jornal da Academia Americana de Neurologia no fim de julho.
Pomelo perigoso
Grapefruit ou toranja é uma fruta de sabor amargo, ainda pouco conhecida no Brasil, sendo mais encontrada no sul do país, onde é chamada de pomelo. Apesar de rico em vitamina C e potássio, seu consumo deve ser cauteloso, principalmente quando se está em uso de medicamentos. “Ela aumenta ou diminui a disponibilidade dos fármacos no sangue, o que pode ser muito perigoso”, diz Andrea Castro Porto, farmacêutica do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. As furanocumarinas e flavanóides aumentam ou diminuem a absorção das drogas e sua metabolização. A interação pode ocorrer mesmo quando o suco (ou a fruta) é ingerido várias horas antes ou depois do medicamento. Em caso de dúvida, consulte um médico ou farmacêutico.