Saúde e Bem-Estar

Marina Mori

Surto de sarampo na Europa faz Curitiba alertar para volta da doença no Brasil

Marina Mori
19/10/2017 11:16
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O único modo de prevenção do sarampo é a vacinação. Foto: Raquel Portugal / Fiocruz Divulgação | Raquel Portugal

Curitiba não tem registros de sarampo desde 1998, mas a Secretaria Municipal de Saúde alerta para o risco de a doença voltar. O motivo é o surto de sarampo em países com alto fluxo de turismo, em especial a Europa. Como o vírus transmissor é altamente contagioso, pessoas que forem viajar e não estiverem vacinadas podem voltar ao Brasil infectadas. O sarampo está eliminado no país desde 2011.
De acordo com dados publicados em nota no site da Prefeitura de Curitiba, foram registrados 14.591 casos de sarampo entre janeiro de 2016 e julho de 2017 no continente europeu. A maior parte (64%) foi notificada este ano, principalmente na Itália (3.660), Romênia (1.844) e Ucrânia (943).
Países asiáticos, como China, Indonésia, Laos, Mongólia, Filipinas, Sri Lanka, Vietnã e Tailândia também tiveram notificações da doença. Na África, Etiópia, Nigéria e Sudão.
Nas Américas, os casos de sarampo registrados no primeiro semestre de 2017 ocorreram através de viagens. Foram 119 nos Estados Unidos, 45 no Canadá e três na Argentina.
De julho a setembro, a Venezuela teve 84 casos suspeitos em Bolívar – o estado faz fronteira com o Brasil por Roraima. Destes, 34 foram confirmados, 42 seguem em investigação e oito foram descartados, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Onde tomar a vacina
As vacinas são oferecidas gratuitamente nas 110 unidades de saúde da Prefeitura em Curitiba.
A imunização é feita com a vacina tríplice-viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) para bebês de um ano de idade, que tomam a segunda dose aos 15 meses. Pessoas de até 30 anos precisam tomar duas doses e quem já passou desta idade deve ter pelo menos uma dose.
A doença
O sarampo é uma doença infecciosa aguda transmitida através de um vírus. O contágio ocorre diretamente de pessoa a pessoa através das vias respiratórias (tosses, espirros ou mesmo a fala próxima).
Os sintomas são febre alta (acima de 38,5°C), coriza, conjuntivite, tosse, manchas brancas na boca e vermelhidão no corpo.
As sequelas são graves: o vírus pode causar cegueira, surdez, pneumonias, diarreias e mesmo a morte.
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