Saúde e Bem-Estar

Redação

Tomar três xícaras de café por dia é melhor que abstinência da bebida, diz pesquisa

Redação
24/11/2017 06:00
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Consumir quantidades moderadas de café pode ajudar a prevenir diversas doenças, segundo o estudo. Foto: Matt Hoffman/Unsplash

Queridinho dos brasileiros, o café passa de mocinho a vilão – e vice-versa – com muita velocidade. A novidade da vez é um estudo britânico que afirma que tomar entre três e quatro xícaras de café todos os dias pode ser mais benéfico que cortar o consumo da bebida.
Publicada pelo British Medical Journal, uma das revistas de medicina mais importantes do Reino Unido, a pesquisa comparou o desenvolvimento de diversas doenças em pessoas que consumiam essa quantidade de café e pessoas que não ingeriam a bebida.
De acordo com os resultados divulgados, o risco de morrer em decorrência de um derrame é até 30% menor para os adeptos do cafezinho. Quando se trata de problemas cardiovasculares, essa porcentagem era de 19%. Um menor risco de doenças do fígado, demência, alguns tipos de câncer e até diabetes também está associado ao consumo regular de café, segundo o estudo.

Revisão

A pesquisa britânica usou como base 218 estudos previamente realizados em todo o mundo. Numa tentativa de acabar com a polêmica envolvendo a ingestão de cafeína, o especialista em saúde pública Robin Poole, da Universidade de Southampton, checou 201 estudos de observação e outros 17 testes clínicos envolvendo o café.
A conclusão a que os pesquisadores chegaram é de que “tomar café parece seguro dentro de padrões normais de consumo”. Tomar mais que quatro xícaras ao dia, de acordo com a pesquisa, não vai necessariamente fazer mal, mas os benefícios observados para quantidades menores foram mais marcantes.

Quem não pode 

Ainda segundo a pesquisa, mulheres grávidas ou com tendência a fraturas ósseas devem manter distância da cafeína. O motivo é que, somando-se os resultados dos estudos analisados, aparentemente há mais malefícios que benefícios para essas pessoas.
Além disso, os pesquisadores alertam para o fato de que outros fatores podem contribuir para que a ingestão do café pareça benéfica nos estudos analisados. Em um editorial ligado ao artigo, o professor Eliseo Guallar, da escola de saúde pública Johns Hopkins Bloomberg, em Maryland, afirmou que não se pode bater o martelo sobre os benefícios da bebida. “O café previne doenças crônicas e reduz a mortalidade? Nós simplesmente não sabemos. Os médicos deveriam recomendar o café para prevenir doenças? As pessoas deveriam começar a tomar café por motivo de saúde? A resposta para ambas as perguntas é ‘não’.”
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