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Mesmo com poucos dias de sol, curitibanos não têm níveis baixos de vitamina D, segundo pesquisa (Foto: Aniele Nascimento / arquivo/ Gazeta do Povo)
Mesmo com poucos dias de sol, curitibanos não têm níveis baixos de vitamina D, segundo pesquisa (Foto: Aniele Nascimento / arquivo/ Gazeta do Povo)| Foto: Gazeta do Povo

Curitiba tem menos dias de sol em comparação a outras capitais mundiais, como Nova York, Berlim e Praga. Até mesmo para Londres, a capital do nevoeiro, perdemos em dias ensolarados . Em 2013, tivemos apenas 116 dias com sol, enquanto os ingleses viram o astro em 142 dias no ano, de acordo com um levantamento preciso feito pela Embratur.

Vitamina D, o que é isso?

A vitamina D é um pré-hormônio que precisa dos raios ultravioletas do sol para ser sintetizada pelo organismo e transformada no hormônio calcitrol. Feito isso, a substância é capaz de manter as concentrações de cálcio e fósforo no sangue, e por isso está bastante associada à saúde óssea da população.

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Com a exigência do sol, curitibanos tendem a achar que não possuem a substância em quantidade suficiente para tamanha responsabilidade no organismo – mas eles estão enganados.

Em um levantamento feito pelo Laboratório Frischmann Aisengart, realizado a pedido do Viver Bem, da Gazeta do Povo, buscamos saber quantos curitibanos estão, de fato, com os níveis de vitamina D em falta.

Para tanto, foram analisados exames feitos recentemente (entre os dias 1º de março a 31 de outubro de 2017) para dosagem da vitamina D25, entre os curitibanos e moradores da região metropolitana da capital, que também sofrem com os dias nublados. No total, foram verificados 191.953 exames de vitamina D.

Como resultado, mais da metade (69%) dos exames indicou que os curitibanos apresentam a vitamina D em níveis adequados – ou dentro do esperado. Por sua vez, 31% deles estavam com os índices abaixo do esperado.

Os valores de referência considerados adequados para o laboratório são, pensando em uma população saudável abaixo dos 60 anos (que foi, inclusive, a maioria [72%] dos pacientes cujos exames da vitamina foram analisados), mais que 20 ng/mL. Para os pacientes acima dos 60 anos, e grupos de risco, os valores de referência são de 30 a 60 ng/mL.

Jovens x idosos

Em um recorte dos resultados a partir da faixa etária mais prevalente dos exames, abaixo dos 60 anos, o laboratório indicou que 77,9% estavam dentro da normalidade (ou com níveis acima de 20 ng/mL) e apenas 22,1% estavam abaixo dos níveis considerados normais. No total, foram analisados 138.383 exames entre essa faixa etária.

Entre os idosos, porém, dos 53.570 exames realizados com pacientes acima dos 60 anos, o resultado indicava o contrário: apenas 45,1% estavam dentro dos índices considerados normais (ou ter níveis de vitamina D entre 30 a 60 ng/mL), e 53,5% estavam abaixo. Ainda, 746 pessoas, ou 1,4% da amostra, tinham níveis considerados acima da normalidade.

Idosos com níveis baixos de vitamina D são mais preocupantes, de acordo com informações da médica endocrinologista Myrna Campagnoli, especialista do laboratório. A vitamina D é considerada um hormônio fundamental para o funcionamento adequado de todo o organismo, principalmente o intestino, rim, ossos e glândulas paratiroides.

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Vitamina D não vem só do SOL

Apesar de a exposição ao sol, ainda que de forma rápida (10 a 15 minutos são suficientes) e restrita a poucas partes do corpo (partes do braço e pernas, apenas), ser importante para a síntese da vitamina D, a alimentação também é capaz de oferecer o hormônio, por meio de alimentos específicos. Confira abaixo uma lista deles e programe as próximas refeições para inclui-los:

Peixes ricos em gordura. Salmão, truta, cavala, atum e enguia são algumas das opções mais comuns e boas fontes da vitamina D. A cada 100g de salmão, são fornecidos 100 a 250 UI, unidades internacionais, de vitamina D. De acordo com a Sociedade Americana de Endocrinologia, o organismo precisa de 1,5 mil a 2 mil de UI por dia para manter os níveis ideais da vitamina D.

Cogumelos. Prefira os cogumelos frescos, e em uma quantidade de 100 gramas, que contêm 100 UI da vitamina.

Suplementar a vitamina D: quando pode?

No caso dos bebês, entidades médicas recomendam a suplementação da vitamina D desde os primeiros dias até o primeiro ano da criança – e evitar a exposição solar, diminuindo o risco de melanomas, os cânceres de pele.

A suplementação vale também às pessoas que não conseguem atingir níveis adequados da vitamina através do sol ou da alimentação, como os idosos – que, com o passar dos anos, perdem a capacidade de produção da vitamina D pelo envelhecimento da pele. Mas, vale sempre o aconselhamento médico antes de ingerir o suplemento.

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