Saúde e Bem-Estar

Luciana Penante, especial para a Gazeta do Povo - lucianal@gazetadopovo.com.br

É só uma picadinha!

Luciana Penante, especial para a Gazeta do Povo - lucianal@gazetadopovo.com.br
05/09/2010 03:18
Tem gente que sente arrepios só de ouvir falar em doação de medula. Seja porque não gosta de agulhas, seja por medo ou desconhecimento, a lista de candidatos a doadores é de pouco mais de 321 mil pessoas no Paraná. Parece muito, mas não é. O estado tem mais de dez milhões de habitantes, o que significa que menos de 5% da população é cadastrada no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Esses doadores ficam ainda menos expressivos quando se analisa o índice de compatibilidade de medula, que costuma ser de um para cem mil. Liana Andrade Souza, responsável pela Divisão de Hematologia e Hemoterapia do Hemepar dá ideia do drama que é a busca por compatibilidade: “Estou há sete anos cadastrada no Redome e até hoje não fui chamada para doar a medula. A compatibilidade pode chegar a uma para um milhão. Mas tem gente que fica cadastrada apenas seis meses e já é chamada”.
Atualmente o Hospital das Clínicas realiza uma média de quatro transplantes de medula por mês entre doadores não aparentados. A média de espera é de três a quatro anos, segundo a bioquímica Luciane Ernlund Pangracio, do setor de busca de doadores não consanguíneos do hospital.
Aos que têm receio de se cadastrar no banco de doadores, é importante lembrar que o processo de transplante é muito mais difícil para o receptor do que para o doador. Quem vai receber a medula – geralmente pacientes com leucemia – já vem de um processo doloroso e sofrido e, além disso, precisa passar por um tratamento invasivo quando vai fazer a transfusão. “O receptor precisa fazer quimioterapia durante cinco dias para acabar com toda a medula existente no corpo e fica sem nenhuma defesa. Precisa permanecer num ambiente totalmente filtrado e isolado durante o processo. É muito delicado”, revela Liana. Para o doador é mais simples, basta boa vontade, como você vê no box.
Serviço: Disk sangue: 0800-645-4555
* * * * * * * * * * * * * * * * * *
Interatividade
Sabendo que trata-se de um processo simples, você estaria disposto a se tornar um doador de medula?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.