Saúde e Bem-Estar

Bel Victorio

O dilema dos ossos frágeis em pessoas jovens

Bel Victorio
23/06/2015 11:06
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Juventude e um estilo de vida saudável. Nada que pareça combinar com fraturas recorrentes, certo? Mas os ossos frágeis, problema mais comum entre idosos, também aparece em outras faixas etárias, atingindo principalmente mulheres.
Em 90% dos casos, existe alguma causa secundária que justifique a fragilidade, como o uso de medicamentos ou doenças como anorexia ou artrite. “Mas em 10%, ocorre osteoporose idiopática, em que nenhuma causa secundária é identificada analisando a história médica e os exames físicos e laboratoriais”, aponta a endocrinologista Carolina Aguiar Moreira, uma das responsáveis pelo Laboratório P.R.O. de Patologia Renal e Óssea, da Fundação Pró Renal.
Por que acontece
A genética tem papel importante nessa fragilidade, pois determina cerca 70% da aquisição do pico de massa óssea. “Os indivíduos com história familiar de osteoporose devem desde cedo fazer prevenção por meio de reposição de cálcio e vitamina D e de atividade física”, adverte a especialista. Hábitos de vida como tabagismo, etilismo, baixa ingestão de cálcio e sedentarismo também podem contribuir para uma menor densidade dos ossos.
Como descobrir
Para esse tipo de caso raro, existe a indicação de realizar a biópsia óssea e a histomorfometria (análise da biópsia), que avaliam a microarquitetura e a remodelação do tecido ósseo. Além da qualidade do osso, é possível descobrir o quanto ele formou e mineralizou em determinado período de tempo. A histomorfometria óssea também é usada para identificar doenças ósseas que ocorrem em pacientes com doença renal crônica e assim ajudar na escolha do melhor tratamento.
Tecnologia em Curitiba
Primeiro especializado em histomorfometria óssea do Sul e terceiro da América Latina, o Laboratório P.R.O. de Patologia Renal e Óssea, inaugurado neste ano na Fundação Pró-Renal, analisa o fragmento de osso coletados por um microscópio com luz ultravioleta, acoplado a uma câmera colorida de alta resolução digital, que projeta as imagens das lâminas na tela de um computador. Um software específico ajuda na análise das medidas realizadas pelos médicos especialistas. Além do diagnóstico, o objetivo do laboratório é propiciar um melhor diagnóstico a estes pacientes com fragilidade óssea, como também impulsionar a pesquisa científica na área de osteometabolismo.
Serviço: Laboratório P.R.O. de Patologia Renal e Óssea da Fundação Pró Renal. Endereço: Av. Vicente Machado, 2.190 – Centro. Mais informações: (41) 3312-5425 ou (41) 3312-5414