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Quase cinquentinha, Malu Mader faz humor refinado em “Haja Coração”

Estadão Conteúdo
03/06/2016 12:04
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Malu Mader não se preocupa em envelhecer: “ difícil para qualquer pessoa”. Fotos: Divulgação/TV Globo. | Ramon Vasconcelos/Rede Globo

Ao longo da carreira, Malu Mader fez mais papéis dramáticos do que cômicos. Longe das novelas desde 2013, quando interpretou Rosemere em Sangue Bom, a atriz retorna agora aos folhetins em Haja Coração, novela das 19 horas da Globo, para dar vida à Rebeca, uma mulher elegante que, após a morte do marido, volta ao Brasil sem dinheiro. Malu admite que gosta de comédia, embora não esteja tão habituada a este tipo de trabalho. Mesmo assim, garante, está preparada para criar situações cômicas ao lado de Ellen Rocche e Carolina Ferraz – as personagens das três são amigas e estão em busca de um grande amor.
“Tem coisa melhor do que divertir as pessoas? Tem muita gente que faz isso com maestria e eu, normalmente, não sou convidada para fazer comédia. Ao longo da minha vida, fiz mais drama do que comédia. Se eu me acho divertida? É difícil ter uma opinião tão precisa a respeito da gente mesmo, mas alguns amigos me acham engraçada. Mas não sei se é generosidade deles. Quando a gente está com quem gosta, enxergam o nosso melhor”, salienta Malu.
Prestes a completar 50 anos, Malu Mader não se preocupa em envelhecer: “ difícil para qualquer pessoa”.<br>Fotos: divulgação/TV Globo
Prestes a completar 50 anos, Malu Mader não se preocupa em envelhecer: “ difícil para qualquer pessoa”.<br>Fotos: divulgação/TV Globo
Em Haja Coração, Malu faz o papel do grande amor de Aparício (Alexandre Borges), que a largou para se casar com a rica Teodora Abdala (Grace Gianoukas). Por sua personagem não fazer um humor pastelão, a atriz está confiante no resultado das cenas, que tendem para uma comédia de situação. “É uma novela cômica. O meu lado não é aquela comédia rasgada. É mais uma comédia romântica, o que me agrada bastante. É uma área que eu acho que posso ir tranquila”, conclui.
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Mocinhas
Com uma lista longa de mocinhas românticas, Malu diz que esse tipo de papel nunca lhe incomodou por terem sido grandes oportunidades. A atriz acredita que um ator é construído a partir das histórias das quais participa. Por isso, cita que trabalhar com autores que sempre admirou, como Gilberto Braga, Cassiano Gabus Mendes, Walther Negrão e Antônio Calmon, a deixou muito satisfeita.
“Não posso reclamar porque trabalhei bastante com um grande autor que é o Gilberto Braga. Fiz novelas de outros autores que também admiro. Eu era pirada no trabalho do Cassiano desde pequena. Quando fui fazer uma novela dele logo de cara, fiquei tão feliz”, conta, entusiasmada.
Rebeca (Malu Mader), Leonora (Ellen Rocche) e Penélope (Carolina Ferraz).
Rebeca (Malu Mader), Leonora (Ellen Rocche) e Penélope (Carolina Ferraz).
Para Malu, o que ajuda um ator a fazer um bom trabalho é acreditar plenamente no projeto em que está inserido. Com a intenção de emocionar e propor reflexão, a atriz gosta de dar vida a personagens que toquem seu coração e que, de alguma forma, sejam significativos como em Anos Dourados e Anos Rebeldes.
“Foram minisséries muito feministas. As personagens femininas começam de um jeito e terminam de outro completamente diferente por causa das experiências pelas quais passam. Em 1950, as mulheres eram discriminadas por fumar, por serem desquitadas. Já Anos Rebeldes foi no período dos caras pintadas. Então, foram trabalhos de relevância”, avalia.
Cinquentinha
Em setembro, Malu completa 50 anos, o que não a preocupa, pois acha que envelhecer é difícil para qualquer pessoa. Com leveza e tranquilidade, a atriz diz que, além de atuar, gostaria de ter novas experiências como diretora. Ela já esteve à frente de um documentário sobre a vida da artista plástica Maria Martins, de alguns clipes, de um programa para o Multishow e até entrou como estagiária na equipe de José Luiz Villamarim, diretor de O Rebu.