Turismo

Da estrada para natureza: 6 lugares incríveis para pedalar no PR e em SC

Rafael Costa
01/07/2017 12:00
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Cânion Guartelá, entre os municípios de Castro e Tibagi. Foto: Brunno Covello / Arquivo Gazeta do Povo | Gazeta do Povo

Um lugar pode ser bom para passeios de bicicleta por vários motivos. Ele pode ser plano, com estradas bem pavimentadas. Pode ter longas descidas, combinadas com vistas privilegiadas da paisagem. Ou ainda não ter nada disso, desde que alguém esteja com vontade de andar de bicicleta.
O Viver Bem procurou adeptos do cicloturismo no Paraná e listou cinco lugares, desde pequenas viagens feitas na própria bicicleta até destinos que valem a visita para conhecer de cima da magrela, mesmo que o caminho até lá seja feito de carro ou outro transporte.
“Não precisa ser especificamente um local que seja muito conhecido, de grande atração turística, porque o legal não é só chegar ao destino, mas o percurso. Você vai curtindo as paisagens, fazendo um exercício, esvaziando a cabeça”, conta o artista plástico Ivonei Margraf, adepto do cicloturismo há quase 20 anos.
Há opções para quem anda meio sedentário, mas é bom lembrar que, naturalmente, este é um tipo de passeio que envolve algum preparo e disposição física — estamos falando de mais de 40 quilômetros no selim.
Não é demais reforçar este ponto. Um trajeto mais longo do que você realmente consegue fazer pode ser uma enorme roubada — eu fiz um entre Blumenau e Ilhota (SC), coisa de 4o km, e passei todo o caminho de volta deitando em pontos de ônibus.
Em nenhum caso é recomendado se aventurar sem o amparo de algum grupo ou guia experiente — eles existem às dezenas e são importantes para garantir a segurança da viagem, que também depende de vários itens e medidas básicas para o uso da bicicleta.
Foto: Daniel Castellano/Arquivo Gazeta do Povo
Foto: Daniel Castellano/Arquivo Gazeta do Povo

Estrada da Graciosa (PR)

Dá para imaginar a experiência de descer de bicicleta a Graciosa, que já é legal de dentro do carro. A empresa curitibana de cicloturismo urbano KuritBike organiza esta rota combinada com a viagem de trem pela Serra do Mar — o passeio dura cerca de 10 horas e custa R$ 385 por pessoa (incluindo o retorno de trem). Pode ser interessante para quem não tem muita experiência com o pedal, já que tem configurações flexíveis. Quem aguenta, pedala 60 quilômetros de Quatro Barras até Morretes, mas há uma rota de 35 quilômetros — e sempre há a possibilidade de pegar uma carona maior com o transfer. “Procuramos ouvir quem é mais sedentário para entender o quanto ele pedala, e o resto a gente leva”, tranquiliza Helen Lima, proprietária da KuritBike.
Mais informações: kuritbike.com
Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais. Foto: Jonathan Campos / Arquivo Gazeta do Povo<br>
Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais. Foto: Jonathan Campos / Arquivo Gazeta do Povo<br>

Região Metropolitana de Curitiba (PR)

A dica é de José Américo Vieira, veterano do cicloturismo no Brasil que organiza os passeios do  Bike Tour Club. Segundo ele, os trajetos por estrada rural de Curitiba até Almirante Tamandaré, Colombo ou a Colônia Mergulhão (SJP), por exemplo, dão belas viagens. “É estrada rural — você vê plantações e entra em contato com o povo da região”, conta. Os tours organizados por ele também incluem transfer até os locais de saída e lanche — o próximo, pela Estrada da Limeira, acontece em 2 de julho. A inscrição custa R$ 150.
Mais informações: (41) 3352-2566 (Park Bike )
As Capelinhas de Vieiras, no município de Palmeira. Foto: Josué Teixeira / Arquivo Gazeta do Povo
As Capelinhas de Vieiras, no município de Palmeira. Foto: Josué Teixeira / Arquivo Gazeta do Povo

Palmeira (PR)

Dá para conhecer pedalando os principais pontos históricos de Palmeira, antigo posto de tropeiros nos Campos Gerais. É um passeio bucólico, por estrada de terra, que também serve como rota para turismo religioso. “Muita gente vai para ver a Nossa Senhora das Pedras, ou fazer a rota até as Capelinhas de Vieiras”, recomenda o ciclista Ivonei Margraf, que frequentemente serve de guia na região de Palmeira para grupos de ciclistas de Curitiba. Exige fôlego para pedalar cerca de 40 quilômetros.
Cânion Guartelá, entre os municípios de Castro e Tibagi. Foto: Brunno Covello / Arquivo Gazeta do Povo
Cânion Guartelá, entre os municípios de Castro e Tibagi. Foto: Brunno Covello / Arquivo Gazeta do Povo

Castro (PR)

Os principais pontos turísticos da cidade rendem dois passeios diferentes — um pelo cânion Guartelá e outro pelas colônias Castrolanda e Terra Nova. Ambos oferecem trajetos entre 40 e 80 quilômetros de pedalada. A rota mais longa para o cânion já oferece uma volta pelas escarpas, segundo o guia de turismo Juliano Roberto. No passeio rural pelas colônias, o esforço pode ser recompensado em algum dos restaurantes da região.
Mais informações: A Companhia da Bike, em Castro, organiza regularmente passeios semanais na região.
Um passeio inspirado pelos tropeiros para o cânion Guartelá também sairá de Tibagi em 16 de julho. Mais informações: (42) 99804-6200 (Guilherme).
Foto: Cintia Kopsch/Divulgação
Foto: Cintia Kopsch/Divulgação

Vale Europeu (SC)

É um circuito planejado em Santa Catarina que oferece sinalização, mapa e até certificação ao fim do trajeto, que percorre o Vale do Itajaí. O estado tem outros circuitos do tipo — Araucárias, Costa Verde Mar (pelo litoral), Acolhida na Colônia e Dona Francisca. Há trechos difíceis e desaconselhados para os menos experientes.
No Vale Europeu, o turista pode escolher o trecho que quiser, mas tem à disposição um roteiro de até sete dias de pedalada, passando por Timbó, Pomerode, Indaial, Ascurra, Apiúna, Rodeio, Benedito Novo, Doutor Pedrinho e Rio dos Cedros — um dia para cada cidade. O caminho por cachoeiras e edifícios com arquitetura colonial típica dessa região. O circuito sugere hotéis, restaurantes e operadores locais para montar e amparar o passeio, que fica em torno de R$ 1.800 com tudo incluído, por pessoa.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Presidente Getúlio (SC)

Dezenas de quedas d’água e cascatas deram a alcunha de Vale das Cachoeiras para este município do Alto Vale catarinense, a cerca de 300 quilômetros de Curitiba. A região é bastante procurada por cicloturistas da região Sul. O lugar também é reduto para o turismo de aventura. O Bike Tour Club, de Américo Vieira, promove passeios para lá.
Mais informações: (41) 3352-2566 (Park Bike)
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