Turismo

Veja os documentos imprescindíveis para menores que viajam sozinho

Carolina Kirchner Furquim, especial
31/08/2016 16:33
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Foto: Bigstock.

O caso das adolescentes brasileiras Lilliana Matte, de 17 anos, e Anna Stéfane Radeck, de 16, que foram detidas durante o processo de imigração em aeroportos dos Estados Unidos e se encontram em abrigos especiais, suscita dúvidas quanto à entrada de menores de idade naquele país. Os casos ilustram a dificuldade enfrentada por brasileiros que chegam aos Estados Unidos, especialmente menores de idade sem a companhia de um responsável legal.
Condutas
O Viver Bem conversou com Aretha Vasconcelos, agente de viagens da Magic Way, uma agência de viagens especializada em turismo para os Estados Unidos, que forneceu informações que buscam evitar qualquer problema na chegada ao país. Confira:
– Tenha muito cuidado ao solicitar o visto, que deve ser exatamente para a finalidade que se pretende. “Independente da idade, inclusive bebês, o visto correto nestes casos é o B1/B2, da categoria Turismo/Negócios, e com validade de dez anos”, explica Aretha.
– Além do preenchimento correto do documento que autoriza o menor a viajar sozinho (a agência disponibiliza um modelo para download em seu site), ela recomenda providenciar uma carta e os dados de contato do responsável legal que receberá o menor no país, no momento de seu desembarque. “É importante que também conste, na carta, esclarecimentos a respeito do vínculo entre o menor e o adulto que se responsabilizará por ele nos Estados Unidos”, alerta.
– É recomendável também oficializar, junto à Embaixada e Consulado dos EUA no Brasil, um documento que autoriza a viagem do menor de idade descompanhado, independentemente do aviso no passaporte.
Excursões
Segundo Aretha, é extremamente raro os pais que deixam o menor viajar sozinho. “Atendemos famílias que buscam pacotes para os filhos e as viagens são sempre em turma, com todos uniformizados no desembarque e acompanhados de profissionais preparados e que entendem bem o processo de imigração e suas exigências”, diz.
Durante os preparativos para a viagem, todas as famílias são instruídas pela agência a respeito da documentação obrigatória, que inclui também ficha médica e autorização para atendimento médico no exterior.
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Entenda os casos
Segundo a mãe de Lilliana, Anaide Matte, em entrevistas concedidas à imprensa brasileira, o passaporte brasileiro da filha informava que ela tinha autorização para viajar sozinha, o que foi considerado insuficiente pelas autoridades norte-americanas. Lilliana foi detida em um aeroporto de Miami no dia 22 de agosto, ao voltar das Bahamas com amigas. Antes disso, ela passeou por um mês nos Estados Unidos na companhia da mãe, que seguiu para a Venezuela para fazer uma cirurgia.
Anna Stéfane foi detida no dia 11 de agosto durante uma conexão de voo em Detroit. Ela foi aos Estados Unidos desacompanhada para visitar uma tia e, segundo familiares, com a documentação em ordem. Do dia da detenção em diante, as famílias das jovens correram para levantar toda a documentação exigida pelas autoridades norte-americanas, a fim de liberar as adolescentes.
O caso das garotas não é inédito. Em abril último, Anna Beatriz Theophilo Dutra, de 17 anos, também foi barrada pelas autoridades da imigração, acusada de viajar com visto de turista para permanecer em solo americano como estudante.