Turismo

Como sobreviver a viagens longas de carro com crianças?

Amanda Milléo
23/07/2016 08:00
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Foto: Bigstock

Seja de carro ou avião, viajar longas distâncias com crianças pequenas pode ser uma experiência incrível para a toda a família. Nem sempre é preciso um planejamento muito extenso, desde que a família conheça o local para onde vai e aceite se aventurar pelo caminho. Experiente nesses assuntos turísticos, a curitibana Patrícia Papp, autora do blog Eu viajo com meus filhos, e dos livros ‘Como viajar com seus filhos sem enlouquecer‘ e ‘Praias do Nordeste com crianças‘, deu algumas dicas ao Viver Bem sobre como sobreviver a longas viagens com bebês e crianças. Confira!
Patrícia Papp tem experiência com viagens longas com os filhos. Na foto, ela e a sua filha na praia da Pipa, no Rio Grande do Norte. (Foto: Arquivo Pessoal)
Patrícia Papp tem experiência com viagens longas com os filhos. Na foto, ela e a sua filha na praia da Pipa, no Rio Grande do Norte. (Foto: Arquivo Pessoal)
Planejar, programar, organizar é sempre necessário? 
É possível sair com a criança sem tanto planejamento, mas isso vale para os pais que conhecem a região que irão visitar ou que estão seguros com o estilo da viagem. Se a família não está acostumada a viagens longas de carro, as chances de algo dar errado sem planejamento são maiores. Da mesma forma, se a família tiver crianças pequenas, é importante que os pais planejem quais cidades vão visitar e os hoteis onde vão ficar, por uma questão de conforto.
“Recentemente eu fiz uma viagem de seis mil quilômetros, de Curitiba até a Argentina, com a minha família, duas crianças (um menino de 12 anos e uma menina de 7 anos), e foi a primeira vez que eu não reservei hoteis, e não sabia exatamente em quais cidades iríamos parar. Mas eu tinha pesquisado muito sobre o destino, sabia o roteiro que queria fazer e tinha uma ideia de como era o estilo dos hoteis que iria encontrar. Ter muitas possibilidades me deixaram segura para tentar, e deu tudo certo“, relata Patrícia.
O que é melhor para as crianças: cidades turísticas de praia, campo ou mais urbanas? 
Cada família tem um estilo e algumas cidades podem encantar mais que outras. Porém, um detalhe é certo: se tiver água e animais, as crianças vão amar. Mar, piscina, cachoeira, hotel fazenda com mini zoológico, andar a cavalo são alguns detalhes que os pais podem ficar atentos na hora de procurar um destino.
“Água sempre atrai as crianças, e animais também. Se puder somar os dois, então, como praias com o Projeto Tamar, que as crianças podem ver as tartarugas, melhor”, diz a autora.
Carro ou avião? Qual viagem rende mais para a família?
A viagem de carro com a família proporciona mais momentos de integração do que em um avião. Por ficar muito tempo em um mesmo espaço, sem qualquer outra distração, a família consegue conversar, brincar, cantar músicas, contar histórias, ver a paisagem e se conhecer melhor. Quando a viagem é de avião, cada um acaba se distraindo de uma forma, vendo filmes ou escutando música, e não interagindo muito.
“O carro proporciona conversas mais longas e sobre coisas que durante o dia a dia é mais difícil porque tem a rotina, o trabalho. Além disso, o trajeto de carro é mais interessante que o de avião”, afirma Patrícia.
Quando usar os tablets e smartphones para distrair as crianças nas viagens longas?
Segure os tablets, smartphones e video games o máximo que puder, e só libere nos momentos críticos de engarrafamento, perda de conexão ou demora no embarque. Enquanto puder, converse, brinque, conte histórias e interaja com as crianças. “É interessante esperar o momento em que os adultos precisam tomar decisões, caso o voo atrase ou perca uma conexão, para dar os eletrônicos que servirão de distrações para as crianças”, sugere a autora.
Deixe de lado os doces e salgadinhos como lanche na viagem
Ninguém merece um carro com cheiro de salgadinho sabor queijo ou um banco “batizado” com doces grudentos, durante uma longa viagem. Além de praticar uma alimentação mais saudável, substituir os industrializados por frutas e sanduíches naturais diminui o risco de enjoos nas crianças (e adultos).