Turismo

Cresce número de brasileiros visitando a Alemanha; veja o perfil do turista

Carolina Werneck
08/01/2018 13:00
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Cidades como Munique, no sul do país, atraem muitos turistas brasileiros em busca da identidade cultural alemã. Na foto, o Englischer Garten, na capital da Baviera. Foto: Carolina Werneck/Gazeta do Povo

Em 2017 a Alemanha recebeu mais turistas brasileiros que no ano anterior. De acordo com o Centro de Turismo Alemão (DZT), entre janeiro e setembro os números foram 16,3% mais altos que no mesmo período de 2016.
Com quase 182 mil pernoites, Berlim continua sendo a preferida entre os turistas que saem do Brasil para lá, mas o brasileiro também tem outros destinos germânicos no radar. Um deles é Munique, cidade que fica no sul do país, na região da Baviera. Segundo o DZT, mais de 38 mil brasileiros estiveram na cidade de janeiro a setembro deste ano.
Como explica Margaret Grantham, diretora do DZT para o Brasil, esse crescimento é resultado de uma onda de descoberta da verdadeira Alemanha. “A gente vem tendo um crescimento muito forte desde a Copa do Mundo [realizada no país em 2006]. Foram quase 200% de aumento desde então. A Alemanha sempre teve o estigma de ser um país difícil para viajar, pelo idioma e tudo mais. Mas as pessoas estão percebendo que, por mais que o idioma seja difícil, o alemão tem consciência disso e está disposto a ajudar o turista.”
O Feldherrnhalle foi palco do chamado "Putsch de Munique", uma tentativa frustrada de revolução liderada por ninguém menos que Adolf Hitler, em 1923. Foto: Carolina Werneck
O Feldherrnhalle foi palco do chamado "Putsch de Munique", uma tentativa frustrada de revolução liderada por ninguém menos que Adolf Hitler, em 1923. Foto: Carolina Werneck
O Centro de Turismo Alemão tem representações em 33 países, uma vez que o turismo é uma das frentes mais importantes para a economia alemã. Em 2017 o trabalho dos escritórios espalhados pelo mundo esteve focado nas “Magic Cities”. Trata-se de uma aliança das dez metrópoles germânicas: Munique, Sttutgart, Dresden, Colônia, Leipzig, Hamburgo, Nuremberg, Dusseldorf, Frankfurt e Hannover. “Trabalhamos a Alemanha em geral e toda a sua diversidade. A tradição aliada à modernidade, os castelos, os palácios, a vida nos grandes centros”, afirma Margaret.
Redes sociais e perfis
Usando o poder das redes sociais, o DZT tem contas em diversos idiomas. Tudo para fomentar o interesse dos mais variados países na cultura alemã. No Brasil, por exemplo, a página do Centro no Facebook existe há cinco anos e tem quase 2,5 milhões de curtidas. As postagens são todas em português e visam atrair o público brasileiro ao país.
Margaret diz que o perfil do brasileiro que visita a Alemanha a passeio é bem diversificado. “A primeira cidade é Berlim porque é costume visitar as capitais para otimizar o número de países. Depois vem Munique, mas também existem combinações como Munique, Nuremberg e Rotemburgo; ou Berlim e Dresden; ou as cidades do Vale do Reno, que é uma região vinícola. Essas, principalmente para quem chega por Frankfurt.” De acordo com a diretora, exceto Berlim, os brasileiros visitam mais a região sul do país.
Para 2018 a projeção de crescimento é de 3%. “É um ano difícil porque tem Copa do Mundo [na Rússia] e tem eleições no Brasil, mas a expectativa é de que esses números continuem aumentando”. Para isso, o DZT vai focar na gastronomia alemã, tentando mostrar que o país oferece mais que apenas salsichão e chucrute. A hashtag #EnjoyGermanFood já está sendo usada nas redes sociais para promover viagens que tenham a culinária local como atração principal.
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