Turismo

Ficar na Europa por mais de 90 dias com visto de turista é possível e legal

Guilherme Grandi
10/08/2018 18:41
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Das 46 nações europeias, 26 permitem o acesso livre entre elas por até 90 dias. Depois disso é preciso ir para um dos outros 20 países. Foto: VisualHunt.

Os brasileiros que viajam para a Europa como turistas, sem precisar de visto especial, normalmente podem ficar legalmente no máximo 90 dias nos países que fazem parte do Tratado de Schengen. Mas não são todas as nações que assinaram este acordo de livre acesso entre as fronteiras.
Há outros que não exigem visto e que podem ser uma saída para quem já passou do limite de três meses viajando. De acordo com a criadora da consultoria de viagens ViraVolta, Carol Fernandes, “o viajante pode passar 90 dias viajando pelos 26 países do Schengen e depois ir para a Inglaterra ou a Irlanda, por exemplo, que não fazem parte do Tratado”, explica.
Segundo a consultora, as regras do acordo são claras de que a dispensa de visto não permite fazer múltiplas entradas em um intervalo de seis meses. Neste caso, o turista deveria aplicar para um visto específico.
Berlim, a capital da Alemanha, possui um dos controles migratórios mais rigorosos da zona de Schengen. Foto: VisualHunt.
Berlim, a capital da Alemanha, possui um dos controles migratórios mais rigorosos da zona de Schengen. Foto: VisualHunt.

Como ficar mais de 90 dias

Na Europa, 20 países que não fazem parte do Tratado de Schengen podem ser usados para estender a permanência no continente. “A pessoa pode passar três meses percorrendo as nações do acordo e mais três em países como a Croácia, Ucrânia, Turquia, entre outros, que também não exigem visto de brasileiros”, explica.
Os países que fazem parte do Tratado de Schengen e permitem a permanência máxima de 90 dias para brasileiros apenas com o passaporte e sem visto:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Islândia, Letônia, Lituânia, Liechtenstein, Malta, Noruega, Luxemburgo, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça.
Os países do acordo exigem, ainda, a apresentação de um seguro viagem especial para o Tratado, com cobertura mínima de € 30 mil ou o equivalente em dólares para acidentes, enfermidades e repatriação. O documento pode ser emitido de graça por algumas bandeiras de cartões de crédito, ou a partir de R$ 96 em seguradoras online.
A capital da Irlanda, Dublim, pode ser uma 'rota de escape' aos 90 dias nos países do Tratado de Schengen. Foto: VisualHunt.
A capital da Irlanda, Dublim, pode ser uma 'rota de escape' aos 90 dias nos países do Tratado de Schengen. Foto: VisualHunt.

Fora do acordo

Os países europeus que não fazem parte do Tratado de Schengen permitem que turistas brasileiros com passaporte sem visto fiquem por diferentes períodos em seus territórios.
A Inglaterra, por exemplo, é mais flexível e autoriza até 180 dias de permanência em território britânico.
Já em outras nações como Albânia, Andorra, Bósnia, Bulgária, Chipre, Croácia, Irlanda, Romênia, Rússia, Sérvia, Turquia e Ucrânia o máximo é de 90 dias.
E há ainda outros países próximos, na África e na Ásia, que também podem servir de ‘rota de escape’ por até 90 dias, como o Marrocos, Tunísia, Geórgia e Armênia.
Vista do centro de Zagreb, capital da Croácia. Foto: VisualHunt.
Vista do centro de Zagreb, capital da Croácia. Foto: VisualHunt.

Vistos especiais

A consultora Carol Fernandes explica que há algumas outras formas de ficar por mais de 90 dias na área do Tratado de Schengen com vistos e autorizações especiais. De acordo com o seu site é possível permanecer nos países pedindo uma extensão do período, um visto de longa duração, de estudante ou de descendência europeia.
As regras variam de um país para o outro, e a recomendação é de que a pessoa procure as autoridades migratórias locais de cada um deles para saber qual alternativa se aplica melhor.
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