Turismo

Muito além das praias, Havaí oferece neve e vulcão

Estadão Conteúdo
21/04/2016 22:00
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A famosa Waikiki: muitas opções de hotéis de frente para a praia. Foto: Bigstock

Se a imagem que você tem do Havaí se concentra em ondas, surfe e hula-hula, repense. É claro que tudo isso faz parte da identidade havaiana e, de fato, merece sua atenção. Mas esse arquipélago vulcânico, com seis ilhas principais, tem mais a mostrar.
O Havaí pode ser um destino para curtir o surfe e as ondas, e também um lugar para levar a família. Pode encantá-lo com trilhas entre vulcões, adormecidos ou não, ou com o dolce far niente à beira-mar. Pode até ser um destino de luxo e compras, ou de simplicidade e contemplação à natureza. E pode surpreendê-lo com uma montanha nevada, onde se pratica snowboard.
Turistas conseguem chegar bem pertinho das lavas do impressionante vulcão Kilauea.
Turistas conseguem chegar bem pertinho das lavas do impressionante vulcão Kilauea.
As ilhas havaianas são bem diferentes entre si. Geologicamente mais antiga, Oahu ostenta um típico cenário tropical e abriga a capital, Honolulu, onde vive 70% da população havaiana, de pouco mais de 1 milhão de pessoas. Ali se concentra a maior parte dos clichês que você conhece sobre o Havaí. North Shore, com suas ondas gigantes no inverno e calmaria no verão. A estátua de Duke Kahanamoku (1890-1968), que ajudou a propagar a cultura do surfe pelos Estados Unidos e Austrália. Os drinques saborosos e coloridos, com frutas na borda do copo e sombrinhas de decoração. E, claro, a famigerada Waikiki.
A Ilha Havaí (ou Big Island), por sua vez, é a mais jovem e inóspita, com um vulcão em plena atividade, o Kilauea. Aliás, evite os passeios que dão a volta na ilha em um dia. São cansativos e corridos – melhor dividir-se entre as cidades de Kona e Hilo e escolher o que fazer nas proximidades em cada uma.
Que tal misturar um pouco desses dois universos, o clichê e o desconhecido? Alguns programas para quem é marinheiro de primeira viagem vão fazer você conhecer bem essas duas ilhas, mas separe ao menos dez dias para isso.
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Primeiramente, o clichê
Waikiki está para Honolulu assim como Manhattan está para Nova York. É a área mais cobiçada, e não só por causa da praia calma e agradável, onde é possível andar, andar e andar e, ainda assim, ficar com a água na altura dos quadris. A área é também a com menor índice de chuvas – e, por essa razão, repleta de hotéis, dos mais luxuosos aos nem tanto, ambos com os preços nas alturas.
Na praia, as crianças fazem a festa – assim como aqueles que querem dar as primeiras braçadas sobre uma prancha, seja para surfar, velejar ou fazer stand up paddle. À beira-mar, não falta quem ofereça aulas ou aluguéis de equipamentos. Em média, três horas de aula custam US$ 100, mas dá para alugar só a prancha por algo em torno de US$ 20.
Quem acorda cedinho vê os moradores pegando as ondas perfeitas que se formam no horizonte. De quebra, escolhe um bom lugar na areia, antes das hordas de famílias, barcos e pranchas fazerem a areia (principalmente o canto direito, onde se concentram os principais hotéis) ficar tão disputada quanto a de Copacabana.
À noite, todo esse agito se transfere para a Avenida Kalakaua. É ali que estão as marcas que se espalham nos centros das grandes cidades, das luxuosas Fendi, Louis Vuitton e Chanel às queridinhas do fast-fashion Forever 21, H&M, Zara. Sem falar dos shoppings centers, restaurantes estrelados e fast-foods de praxe.
Waikiki mima os visitantes orientais com atendimento principalmente em japonês e chinês e vitrines voltadas a atrair esse público. Talvez por isso o Marukame Udon (Avenida Kuhio, 2.310) sirva udons tão gostosos (e disputados). A fila na porta para comer esse macarrão ensopado, cuja massa é preparada na hora, na frente dos clientes, é constante, mas nada como estar com o fuso horário desregulado para se livrar da fila.
Também obrigatórios
Confira outros passeios obrigatórios na ilha:
Águas translúcidas
Em Hanauma Bay, Oahu é uma praia localizada em uma cratera de um vulcão, cuja borda sofreu erosão e acabou invadida pelas águas azuis do Pacífico. Escolha uma palmeira para estender a toalha e curta o mar, as piscinas naturais e os peixes.
A paradisíaca praia Oahu.
A paradisíaca praia Oahu.
Em constante atividade
Não há melhor lugar para entender a formação vulcânica do arquipélago que o Parque Nacional dos Vulcões, na Ilha Havaí. Conhecida também como Big Island, é a maior, mais jovem e geologicamente ativa do Estado americano. Além de um centro de visitantes repleto de maquetes e exposições que detalham o mecanismo vulcânico e a geologia local, ali é possível ver o Kilauea em plena atividade.
Acima das nuvens
Planeje uma ida ao topo do Mauna Kea, o ponto mais alto do do Havaí, a 4.205 metros de altitude. O vulcão adormecido é e um dos poucos lugares do mundo onde é possível sair do nível do mar e chegar acima dos 4 mil metros de altitude em 2 horas. O ar rarefeito afeta o corpo, e beber muita água no trajeto é fundamental para evitar os males típicos da altitude.
Topo do Mauna Kea.
Topo do Mauna Kea.
Turistas conseguem chegar bem pertinho das lavas do impressionante vulcão Kilauea.
Turistas conseguem chegar bem pertinho das lavas do impressionante vulcão Kilauea.