Se pretende desvendar as belezas de Marrakesh e sente-se mal no calor de 40 graus, pule os meses de junho a agosto. Nesta época do ano, é quase impossível circular pelos lugares abertos na principal e mais famosa cidade do Marrocos, no norte da África. O ideal, na realidade, é viajar para o exótico destino no período de inverno do país, de dezembro a março.
Dedique pelo menos três dias para explorar as belezas de Marrakesh. Hospede-se na medina (centro) onde se concentram praticamente todos os pontos turísticos. Os becos são repletos de souks, mercados e feiras onde se encontra de tudo, sobretudo belíssimas peças de artesanato local como pashminas, babouches (calçados de couro), cerâmicas, objetos decorativos de ouro e metais preciosos.
Ainda na Medina, a Praça Jemaa el Fna é a mais animada da África: vive lotada de encantadores de serpentes, acrobatas, dançarinos, contadores de história, barracas de comida, músicos e mágicos. Quando o turista se cansar de andar para lá e para cá, é só escolher um dos cafés com mesas na calçada – há vários em volta da praça – para continuar observando a festa com conforto.
A arquitetura da cidade é charmosa e conta com algumas pérolas. Como o Palácio el Badi, construído pelo sultão Ahmed al-Mansur no século 16. Embora hoje esteja em ruínas, ainda conserva as suntuosas muralhas, esplendidas paredes decoradas com mosaicos e um enorme pátio com um jardim de laranjeiras. No interior há também um museu de fotografia gratuito.
O Palácio da Bahia, outra atração obrigatória de Marrakesh, conta com 150 salas construídas sem planejamento, mas com uma esplêndida decoração em estilo árabe-andaluz. No local, chama a atenção as paredes decoradas com estuques e madeira de cedro esculpido, as janelas e os vitrais. Outro exemplo impressionante da arquitetura marroquina é a Madraça de Ben Youssef, antiga faculdade islâmica do século 14 com belíssimos estuques, decorações em madeira de cedro e mármore.
A Mesquita de Koutoubia se destaca na paisagem de Marrakesh. Quando foi construída, no século 12, para comemorar a vitória do sultão Almohad sobre os almorávidas, era um dos templos muçulmanos mais altos do mundo. Desde então, perdeu a primazia, mas seu minarete de 68 metros continua dominando a cena na Medina, onde nenhuma outra construção pode, por lei, superar a altura de uma palmeira. Só muçulmanos entram na mesquita, mas os visitantes são recebidos em um lindo jardim de rosas.
Saint Laurent
Fora da medina, a maior atração é o Jardim Majorelle, jardim botânico que conta com mais de 3 mil espécies de plantas do mundo inteiro e abriga um museu berbere. O local ganhou fama mundial em 1980 quando foi comprado pelo estilista Yves Saint Laurent (1936-2008), um apaixonado por Marrakesh, que foi seduzido “por aquele oásis onde as cores de Matisse se misturam com as da natureza”. Suas cinzas foram dispersas no jardim e o nome do estilista foi colocado num memorial composto por uma coluna romana.
Fora da medina, a maior atração é o Jardim Majorelle, jardim botânico que conta com mais de 3 mil espécies de plantas do mundo inteiro e abriga um museu berbere. O local ganhou fama mundial em 1980 quando foi comprado pelo estilista Yves Saint Laurent (1936-2008), um apaixonado por Marrakesh, que foi seduzido “por aquele oásis onde as cores de Matisse se misturam com as da natureza”. Suas cinzas foram dispersas no jardim e o nome do estilista foi colocado num memorial composto por uma coluna romana.
Além de cinco hectares de lagos, pavilhões e plantas do mundo todo – de cactos norte-americanos a bambus asiáticos e palmeiras da Índia, no Jardim Majorelle há um minimuseu, que abriga a coleção pessoal de arte islâmica de Saint Laurent, e um café charmoso, perfeito para uma pausa rápida.