Turismo

Praia do Forte tem muito mais que tartarugas

Bruna Covacci
29/08/2015 15:04
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Coqueirais, lagas e piscinas naturais são os destaques da chamada “Polinésia brasileira”. Fotos: Bigstock
Um antigo e aconchegante vilarejo de pescadores cheio de atrativos turísticos. A Praia do Forte, apelidada de “Polinésia brasileira”, fica a cinquenta minutos do aeroporto de Salvador (de carro), tem fácil acesso e conta com praias paradisíacas – que valem uma visita por si só, além de reservas ecológicas, coqueirais, lagoas e piscinas naturais.
O centro comercial da cidade, também conhecido como vila, é a parte viva e movimentada do local. Para chegar lá, se você estiver hospedado em algum lugar um pouquinho mais afastado (algumas pousadas ficam dentro da vila), é possível “pegar carona” com um tuk-tuk. O triciclo famoso na Índia é o principal meio de transporte da cidade. Do hotel até o comecinho da vila o preço é R$ 10. Se você quiser ir até o Projeto Tamar (a distância é pequena, vale a pena ir caminhando para aproveitar cada pedacinho comercial do local!), o preço é R$ 20. Os nativos negociam, e ida e volta com o mesmo condutor reduz o preço. Na vila está a Capela de São Francisco de Assis, um dos mais famosos cartões postais de Praia do Forte, que fica ao lado da concentração de barcos de pescadores ancorados. À noite, vários botequins servem comidas típicas com direito a karaokê e muito axé.
Farol Garcia D´Avila compõe uma das primeiras construções portuguesas no país.
Farol Garcia D´Avila compõe uma das primeiras construções portuguesas no país.
Projeto Tamar
A primeira base do Projeto Tamar foi construída na praia há 33 anos. Com a ajuda dos biólogos, cinco espécies de tartarugas marinhas ameaçadas em extinção são protegidas. Anualmente, entre setembro e março, estes animais desovam na Praia do Forte e em outros pontos da costa brasileira. Para aproveitar melhor o passeio no Projeto Tamar (R$ 10 a entrada R$ 5 a meia), é possível verificar o horário da visita guiada, assim como a possibilidade de alimentar tartarugas e passar a mão nas arraias e nos tubarões-lixa que se reproduziram dentro dos tanques do projeto. É a primeira vez que isso acontece no Brasil e a terceira no mundo. Tudo está incluído no preço. Entre os meses de julho e novembro, com sorte, você consegue avistar algumas baleiras jubarte. Nessa época, elas migram para as águas quentes da Bahia para se reproduzirem e darem à luz. A espécie, dócil, também está ameaçada em extinção.
A casa da Torre de Garcia D’Avila é um dos principais monumentos do patrimônio histórico e cultural brasileiro, considerada a primeira grande edificação portuguesa do país. O castelo representado por suas ruínas apresenta características medievais. “A Fundação Garcia D’Ávila é responsável pela restauração e preservação da Casa da Torre. Tombada em 1937, a área conta com uma ciclovia de 4 km que interliga o patrimônio histórico à Vila dos Pescadores (caminho que pode ser percorrido de bicicleta ou a cavalo).
Entre setembro e março as tartarugas desovam na Praia do Forte.
Entre setembro e março as tartarugas desovam na Praia do Forte.
SERVIÇO
Passeios no destino:
Projeto Tamar, Avenida do Farol Garcia D’Ávila (na Vila dos Pescadores, atrás da igreja), fone (71) 3676-0321 e (71) 8127-2010. Aberto diariamente das 8h30 às 17h30. Castelo Garcia D´Ávila, Avenida do Farol Garcia D’Ávila, 1540, fone (71) 3676-1133.