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Os Correios reportaram prejuízo de R$ 2,640 bilhões no 2º trimestre de 2025. O resultado não é nenhuma surpresa para uma empresa que sempre teve prejuízos no governo atual. Nem sempre a estatal foi deficitária; no entanto, coincidentemente, os prejuízos ocorrem majoritariamente nas gestões petistas.

O gráfico acima evidencia que os prejuízos ocorreram essencialmente nos governos Dilma e Lula. Por que será que, nos governos petistas, a estatal se torna mais deficitária?
De acordo com os Correios, o prejuízo no segundo trimestre de 2025 decorreu principalmente da queda das encomendas internacionais — por conta das “taxas das blusinhas” —, do aumento de custos operacionais e das provisões para processos judiciais.
De fato, a receita caiu no acumulado do semestre de 2025 (R$ 4,236 bilhões) em relação ao mesmo período de 2024 (R$ 4,781 bilhões). No entanto, enquanto a receita caiu 11%, as despesas gerais e administrativas subiram 146%, passando de R$ 889 milhões para R$ 2,189 bilhões na mesma base de comparação. Portanto, o prejuízo bilionário se explica muito mais pelo aumento das despesas do que pela queda das receitas.
Outra despesa que subiu significativamente foram os gastos com juros, que passaram de R$ 171,234 milhões nos seis primeiros meses de 2024 para R$ 390,261 milhões no acumulado do semestre em 2025.
Em relação às despesas administrativas, chama atenção o aumento dos gastos com pessoal de 2022 para 2024. Enquanto em 2022 o gasto com pessoal era de R$ 2,1 bilhões, em 2024 essa conta chegou a R$ 3 bilhões — um aumento de quase 50%.
Ora, não é novidade que, nas administrações petistas, a máquina pública se torna mais inchada, com o loteamento de cargos públicos e comissionados no governo e nas estatais federais.
O aumento da folha salarial ou do número de empregados pode estar entre as explicações para o prejuízo bilionário da estatal. Entretanto, além da má gestão, não se pode descartar a hipótese de corrupção.
Se o passado é um bom guia, basta lembrar que o mensalão esteve ligado ao pagamento de propinas dentro dos Correios para favorecer algumas empresas.
Má gestão ou corrupção — para a sociedade brasileira, pouco importa —, pois o prejuízo da estatal, em última análise, é pago pelo povo por meio de impostos
Com tantos prejuízos, já passou da hora de privatizar os Correios. Não é justo que a sociedade pague a conta da ineficiência e da má gestão. A experiência brasileira recente mostra que empresas privatizadas passam a dar lucro ao governo e melhoram os serviços para a população. E, no caso dos Correios, nem dá para vir com o clichê de que “estão vendendo o patrimônio nacional”.
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