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Sergio Moro
Em 12 de julho de 2017, Sergio Moro condenou Lula pelo caso do tríplex do Guarujá.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo Gazeta do Povo

Sergio Moro finalmente disse que será candidato ao Senado pelo Paraná. E pelo União Brasil. Eu fico me perguntando, ele fez de novo o que já tinha feito com Bolsonaro... Porque só há uma vaga para o Senado, Alvaro Dias quer continuar lá e é do Podemos. É o padrinho político de Moro, foi quem o levou para o Podemos, mas Moro já saiu do partido também e agora está no União Brasil.

Aliás, não foi só com o presidente Bolsonaro que Moro fez isso. Ainda ontem estive com a deputada Carla Zambelli; fui ao casamento dela e ele foi o padrinho. Depois, ele revelou conversas pessoais com a deputada, disse que ela insistia para ele não deixar o ministério, que ele poderia ser ministro do Supremo, revelou isso. Passando por cima de um código de honra, que pena.

O aniversário de uma condenação

E no dia em que Moro anunciou a candidatura, fez aniversário uma condenação proferida por ele em 2017. No dia 12 de julho daquele ano, Moro condenou Lula a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Uma condenação que foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal, que se não me engano até aumentou a pena, e depois confirmada de novo pelo Superior Tribunal de Justiça, que é o órgão máximo para Código Penal.

O Supremo é para Constituição, para direito constitucional. O máximo é o Superior Tribunal de Justiça, que antes havia negado todos os recursos de Lula; como sabemos, Edson Fachin anulou tudo porque disse que o processo não devia estar na 13.ª Vara de Curitiba. E é o mesmo Fachin que preside as eleições, e aquele que foi solto por ele agora é candidato. Se você contar isso na Alemanha, na França, na Itália, na Inglaterra, nos Estados Unidos, vão rir da gente. Não vão acreditar que aconteceu isso e estamos olhando. Não sei o que é pior, o que foi feito ou nossa passividade.

Faltam informações sobre o estado de saúde de Jorge Guaranho

Eu fui saber por que a gente não tem detalhes do Jorge Guaranho, que matou Marcelo Arruda na Sociedade Recreativa Esportiva da Segurança de Itaipu. Os dois trocaram tiros, um morreu, o outro está na UTI em estado grave e foi transferido para outro hospital ontem. Mas não ficamos sabendo quantos tiros ele levou e o resultado daquele massacre de pontapés que deram enquanto ele estava baleado no chão; pontapés na cabeça, no rosto, no tórax, nas costas, no peito. Diz que a família não permite que o boletim médico seja divulgado. Eu gostaria muito de saber sobre o laudo pericial de lesões, é um caso que ainda precisa ser totalmente esclarecido.

Até Al Gore reconhece que a Amazônia é dos brasileiros

E, por fim, Al Gore, que foi vice-presidente dos Estados Unidos e é um defensor da natureza, foi entrevistado pela Folha de S.Paulo, que puxou para ver se Gore falava mal do presidente, mas ele só falava bem. Disse que não se lembrava muito bem da conversa com Bolsonaro em Davos, na Suíça, em 2019, mas afirmou que a internacionalização da Amazônia é uma história ridícula e absurda, que é um assunto para os brasileiros e que tem de ver a criação de empregos, respeitando o meio ambiente. Exatamente isso que os defensores da soberania fazem. Ainda ontem, eu estava conversando com a presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, deputada Carla Zambelli, e com o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, e os dois falavam nisso. São 24 milhões de amazônidas, que estão na região mais pobre do país, sentados ou vivendo em cima da maior riqueza do planeta. E por isso a pessoa pega o recurso que está à sua mão, mesmo porque não tem meios de ir para outro lugar tentar outra coisa. Então é preciso resolver essa questão, porque a Amazônia Legal é metade do Brasil, ou mais da metade.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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