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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

8 de janeiro

Vai começar a batalha pela dosimetria no Senado

Senador Esperidião Amin (PP-SC), relator do PL da dosimetria na CCJ do Senado.
Senador Esperidião Amin (PP-SC), relator do PL da dosimetria na CCJ do Senado. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Na quarta-feira o relator do projeto de dosimetria, que já foi aprovado na Câmara, deverá entregar seu relatório à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O presidente da CCJ, o senador baiano Otto Alencar – eu não esqueço que ele foi contra o tratamento que curava a Covid em poucos dias, mas ele dizia que não existia –, é contra esse projeto. Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, está disposto a submeter logo o projeto aos senadores.

Renan Calheiros também está trabalhando contra, bem como o líder do governo. Mas não sabemos o que Lula conversou com Trump. O presidente já disse que, na hora de receber para a sanção esse projeto, vai “se aconselhar com Deus”. É possível que ele não queira nem sancionar nem vetar, deixe passar o prazo, e aí a lei entra em vigor automaticamente. Estamos curiosos pelo texto, porque Esperidião Amin tem sabedoria. Vamos ver o que ele fará, até para evitar que o projeto volte à Câmara, porque não sei se haveria tempo para as pessoas voltarem para casa antes do Natal – afinal, se o projeto for mesmo aprovado, muita gente já cumpriu tempo mais que suficiente na prisão.

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Fraudador da Justiça no Rio ressuscitou a história da sorte no jogo

A Polícia Federal descobriu desvios de R$ 15 milhões na 2.ª Vara Trabalhista de Nova Iguaçu (RJ). O diretor da vara, ou seja, o chefe administrativo, tinha a senha do juiz titular da vara, vendia alvarás e fazia desvios em indenizações e processos trabalhistas. Ele viajava muito para o exterior, tinha uma vida abastada e dizia no fórum que estava ganhando muito no jogo, que tinha muita sorte. Essa história nós conhecemos da época dos “anões do orçamento”: João Alves ganhava sempre na loteria, uma coisa incrível. É incrível que algo assim aconteça dentro da Justiça, deve ser até agravante, assim como é assustadora a falta de ética dentro de grandes tribunais. Chega a ser nojento (desculpem o termo), mas não há perdão para a falta de ética, porque isso é falta de formação, de princípios, de estrutura moral da pessoa.

Australianos continuam achando que o problema são as armas, não as pessoas

Depois do ataque terrorista antissemita em Sydney, na Austrália, o governo australiano parece que não entendeu nada, porque diz que agora vai restringir armas. Pensam que é a arma que mata, mas não: é o cérebro que mata. É tão fácil de entender isso! A arma é inerte, embora não seja inerme. Ela está parada, precisa de um cérebro que dê a ordem para as mãos pegarem a arma e matarem alguém.

VEJA TAMBÉM:

Benjamin Netanyahu disse ter enviado há meses uma carta para o chefe de governo da Austrália, dizendo que a omissão do governo diante da campanha antissemita na Austrália podia ampliar um câncer muito grande, e foi o que aconteceu. Ataque a judeus é ataque à civilização ocidental. As bases da nossa civilização são judaico-cristãs, o Velho e o Novo Testamento.

Fuga de María Corina da Venezuela teve riscos e afetou sua saúde

Agora sabemos que María Corina Machado passou muito mal, correu risco de vida na travessia da Venezuela para Curaçao, porque ela e os que a resgataram ficaram completamente à mercê das ondas de um mar revolto, de ventania. Fora o medo, porque poderiam até ter sido confundidos com um barco de drogas. Ela chegou a Curaçao tão derrubada, molhada, com hipotermia (pois estava muito frio), que ficou um dia em observação médica, e por isso não chegou a tempo para receber o Nobel no dia marcado, sendo substituída pela filha. María Corina chegou apenas no dia seguinte e agora, em um hospital de Oslo, foi diagnosticada com uma fratura numa vértebra, de tanto que aquele pequeno barco, aquela casquinha de noz, sacudiu. Em Curaçao, que é um departamento autônomo do reino da Holanda, ela já tinha sido examinada, foi de avião para Oslo, e agora sabemos desse problema na vértebra. Ela tem 59 anos e resistiu muito bem, tanto que sai à rua, e aparece na sacada do hotel para retribuir a saudação das pessoas.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

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