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O candidato Joe Biden fala durante o primeiro debate presidencial da campanha de 2020: ameaça de sanções ao Brasil em nome da proteção da Amazônia.
O candidato Joe Biden fala durante o primeiro debate presidencial da campanha de 2020: ameaça de sanções ao Brasil em nome da proteção da Amazônia.| Foto: Saul Loeb/AFP

No debate eleitoral da semana passada, o candidato Joe Biden ameaçou os brasileiros: "Aqui estão 20 bilhões de dólares. Parem de destruir a floresta e se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas”. Ele contracenava com o adversário Trump, mas se dirigia aos brasileiros e deixou outra ameaça, afirmando que a floresta amazônica absorve mais carbono que o que é emitido nos Estados Unidos.

Nas entrelinhas, aparece o interesse de que a floresta interessa ao mundo, por absorção de carbono. Desinformado e atrapalhado, Biden repetiu chavões. Estudiosos mostram que a floresta amazônica praticamente empata na geração de oxigênio e absorção de carbono.

O verde é uma boa camuflagem para os interesses reais. Se a demanda do mundo fosse árvores, a Europa trataria de se reflorestar, depois de ficar com apenas 4% de sua mata original. Biden ainda é do tempo de governantes americanos que julgavam o Brasil como o quintal dos Estados Unidos. Nos ameaça com sanções e, em humilhação agressiva nos oferece uma esmola para não desmatarmos. O que vai ser se ele ganhar?

A Amazônia não caiu em nossas mãos por acaso. Foi objeto de conquista dos portugueses, que foram além de Tordesilhas, expulsando franceses do Maranhão e holandeses do Xingu; depois subindo o rio, empurrando os espanhóis, com soldados e flecheiros até Quito e erguendo fortes em pontos estratégicos até que o Tratado de Madri consolidou os limites. Pedro Teixeira, Plácido de Castro, Rio Branco garantiram as fronteiras com a espada e a caneta.

Em 1849, uma missão “científica" da marinha americana concluiu que a livre navegação pela Amazônia seria um “grande benefício para o povo americano”. Não havia tempo a perder. Coube ao Barão de Mauá organizar apressadamente a Cia. de Navegação do Amazonas, para o Brasil ocupar o rio, antes de ser ocupado.

Em abril de 2013, o rei Harald V da Noruega, visitou o território Ianomâni, em Roraima, a convite da Fundação Noruega para a Floresta Tropicalárea, como se estivesse em área internacional. Golbery, na “Geopolítica do Brasil” lembra que a fronteira só existe com a ocupação pelos brasileiros. JK, ao construir Brasília, alargou o Brasil e os brasileiros ocuparam a amplidão antes deserta, criando uma superpotência de alimentos.

As ameaças de Biden ganharam apoio de muitos no Brasil - que em outros tempos seriam tachados de entreguistas pela esquerda liderada por Brizola. O defensor da nossa Amazônia, do nosso petróleo, o juiz e escritor de esquerda, cassado pelo AI-1, Osny Duarte Pereira, ficaria horrorizado ao constatar que a mídia brasileira aplaudiu as ameaças do intrometido Biden.

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