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Alexandre Garcia

Alexandre Garcia

Complexo militar industrial

Europa rechaça proposta de paz de Trump, mas Zelensky recua 

Europa rechaça proposta de paz de Trump, mas Zelensky recua 
Após embate, Zelensky disse que está pronto para “trabalhar sob a forte liderança do presidente Trump para obter uma paz duradoura”. (Foto: EFE/EPA/Jim Lo Scalzo/Pool)

Hoje é quarta-feira de cinzas para os católicos, de jejum e abstinência, como na Sexta-feira Santa, ainda que tenham à mesa uma picanha, isso pode ser um milagre, hoje não é dia de comer carne. A situação está cada vez pior com a inflação, a taxa de juros, e o presidente Lula (PT) parece que faz questão de piorar com escolhas erradas.

A começar pela nomeação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para ser a negociadora política do governo na Secretaria de Relações Institucionais. Ela é uma debatedora, não uma negociadora. Além disso, o petista avalia levar o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) para o Palácio do Planalto como o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência. 

Europa contra Trump

Outro ponto de preocupação é a conjuntura belicosa da Europa, que está contra a proposta de paz apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a guerra na Ucrânia. A União Europeia sustenta que a Europa vai se armar para se defender da Rússia.

Na semana passada, Trump chegou a repreender o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Na ocasião, o republicano afirmou que Zelensky estava apostando com a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial. A Europa está no meio da situação.

Talvez os europeus estejam muito próximos do chamado complexo militar industrial, que floresceu na Guerra Fria e adora guerras, porque cada conflito significa produção de armas, munições, aviões, blindados e veículos. É uma riqueza muito grande para a indústria bélica. Pode ser isso.

Os democratas nos Estados Unidos sempre tiveram uma boa ligação com o complexo industrial militar. A Rússia está enfraquecida pela guerra e não conseguiu dobrar a Ucrânia nesses anos todos. A Ucrânia não se entregou graças, principalmente, ao auxílio dos EUA. 

Houve auxílio europeu, mas a maior parte veio do governo norte-americano. Trump suspendeu a ajuda militar e Zelensky recuou imediatamente. O ucraniano disse que está pronto para “trabalhar sob a forte liderança do presidente Trump para obter uma paz duradoura” e retomar o acordo para o fornecimento de minerais estratégicos e terras raras aos EUA.

Esses minerais são usados na fabricação de baterias, celulares e computadores, que são raros e caros, e que o Brasil tem muito, em troca da reconstrução da Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, se manifestou a favor do acordo com Trump. Os dois querem paz, querem dar um fim ao conflito. No entanto, a Europa resiste, aparentemente para não perder uma fonte de renda em meio à guerra. 

Líderes árabes percebem grandiosidade de plano de Trump para Gaza

Já os países árabes perceberam as oportunidades que acompanham a proposta de Trump, que é um grande empreendedor imobiliário e negociador, para tornar a Faixa de Gaza em uma nova Cancún. Eles estão dispostos a serem investidores na Faixa de Gaza, desde que o grupo terrorista Hamas seja expulso. Israel deve aprovar essa movimentação.

Será mais uma parte do Mediterrâneo que vira uma cote d'azur [Costa Azul, localizada no sul da França]. Toda a costa da Espanha, França, Itália e Grécia vive de turismo, que é uma grande fonte de renda. Se houver muita renda na nova Cancún, o Hamas não sobreviverá.

Senado se esquiva da luta contra censura

É uma vergonha que o Senado Federal, por causa de seus presidentes, Davi Alcolumbre (União-AP) e, antes dele, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não tenha resolvido a questão, que apenas a mídia analfabeta não vê, de desrespeito à Constituição. 

A Constituição prevê vedação à censura, a liberdade de opinião, a livre manifestação do pensamento, o princípio do juiz natural, a não existência de tribunal de exceção, no amplo direito de defesa, entre outros. 

É uma vergonha para o Brasil que esses direitos tenham que ser defendidos pelo governo norte-americano, pelo Congresso norte-americano. É vergonhoso que nossos deputados, senadores e alguns jornalistas tenham que pedir ajuda ao Congresso dos EUA. É vergonhoso que o Brasil ainda dependa de tutores.

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