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O governo quer dar força aos sindicatos e por isso dificulta o trabalho nos feriados
| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério do Trabalho continua lidando com a história de abre ou não abre nos feriados. Eu não sei por que governos têm que se meter nisso. Devia deixar com as pessoas. Se eu sou dono de uma loja devia poder acertar com meus funcionários, "vamos abrir no domingo, vamos abrir no feriado, no meio da semana, porque isso vai fazer bem para todos nós. Vamos faturar, eu vou dividir com vocês, vocês vão ganhar mais, eu também vou ganhar mais", mas não é assim. Agora é para dar força para o sindicato, que com a história do imposto sindical, da contribuição sindical, os sindicatos estão reclamando que estavam acostumados com muito dinheiro, principalmente os pelegos sindicais, aqueles que se tornaram sindicalistas por profissão.

E isso tem em toda parte, tem os sindicatos de empregadores e sindicatos de empregados. Ainda ontem eu ouvi um dirigente sindical dizer que é um absurdo receber para isso. E às vezes há lugares em que pagam muito, porque os associados do sindicato e os sindicalizados estão lá sustentando tudo. Lei do ano 2000 diz que abrir ou fechar em feriado é resultado de uma convenção coletiva de trabalho ou disciplina de lei municipal. A lei municipal regula essas coisas. Mas saiu uma portaria no ano passado, em novembro, que foi um caos. Então, está agora a Confederação Nacional do Comércio, sindicatos, Ministério do Trabalho estudando uma fórmula, porque do jeito que estava, só ia abrir em feriado farmácia e posto de gasolina. Isso é um absurdo, todo mundo sabe que num feriado, num domingo, é o único dia em que o trabalhador tem para fazer compra. Aí ele sai para fazer compra e encontra tudo fechado.

O trabalhador que também quer ir para uma churrascaria, para um restaurante, festejar num feriado. Ah, não está fechado. Como assim? É a mania do Estado de se meter na vida das pessoas. Onde o Estado menos se mete na vida das pessoas, mais há prosperidade. Estados Unidos, por exemplo, é uma questão entre trabalhador e empregador. Claro que há as unions, sindicatos que querem se meter, que querem controlar, que às vezes até adotam meios violentos para isso.

Ramagem

Outro assunto do dia é mais uma busca e apreensão com um deputado oposicionista que é pré-candidato a eleição municipal, no caso Alexandre Ramagem, do PL, pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. Alvo de busca e apreensão, sob a alegação de que quando era diretor da ABIN, Agência Brasileira de Informação, que estaria monitorando adversários políticos do governo. Isso aconteceu uma semana depois de uma busca e apreensão num pré-candidato à prefeitura de Niterói, o líder da oposição, Carlos Jordy. Houve muito protesto em relação a isso, inclusive porque, se é verdade que se baseou numa foto de um suposto organizador do 8 de janeiro, a foto foi forjada. É uma foto da posse de Bolsonaro, ele está na multidão, na frente do Palácio, na posse de Bolsonaro, de camisa alusiva à posse. Mas aí foi apagada a alusão do dia da posse, para dizer que foi no 8 de janeiro, sendo que ele não estava no 8 de janeiro em Brasília. Essa é a pessoa que teria chamado o líder de líder. Mas enfim, são os abalos que tornam o Brasil parecido com a Nicarágua, porque o Ortega faz isso. Próximo à eleição começa a botar a polícia atrás dos seus adversários nas urnas. Assim que reiniciar o ano legislativo, esse assunto vai ser requentado, vai para os plenários, porque até agora a gente não ouviu, ou pelo menos não houve volume de voz na fala do presidente do Congresso e do presidente da Câmara a respeito da entrada de polícia nos gabinetes de representantes do povo, gente do poder legislativo.

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