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TSE inicia divulgação de dados dos candidatos das eleições 2022
Fachada do edifício sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

Hoje eu não começo com assuntos políticos, mas com um assunto de saúde. Uma brasileira do Espírito Santo, fisioterapeuta, morreu a bordo de um voo para Tóquio, e dizem que a causa da morte foi uma embolia. Todos sabem que em voos longos, de 6, de 8 horas, até mesmo de 4 horas, é preciso caminhar um pouco pelo corredor, movimentar as pernas, porque elas são uma bomba que empurra o sangue. A perna parada é propícia para uma embolia, que depois vai parar no pulmão, no coração. Ela foi atendida, mas não adiantou. Acho impossível que uma fisioterapeuta não tenha tomado esses cuidados, que ela certamente ensinava para todos. E aí fico pensando: qual é a causa de tanta embolia em tanta gente, tanta morte súbita em todas as idades, principalmente dos jovens? Só para pensarmos, porque há certos assuntos dos quais já não se pode falar, porque há uma censura muito grande.

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TSE está obcecado em censurar as mídias sociais

Aliás, terça-feira foi o Dia Mundial de Combate à Censura na Internet, e nós temos o Marco Civil da Internet, lei de 2014, sancionada pela presidente Dilma Rousseff. O texto da lei diz que ela se rege pela liberdade de expressão, liberdade de comunicação e de manifestação de pensamento. Aí vejo o Tribunal Superior Eleitoral a toda hora falando em pegar fake news. Agora o termo é fake news, não se fala mais em mentira, boato. Esses sempre existiram, desde os discos voadores na revista Cruzeiro. Mas agora usam o termo fake news porque querem que acreditemos que esse fenômeno é uma novidade das redes sociais. E não é.

Boato se combate com a verdade. Mentira se combate com a verdade. Se for calúnia, injúria ou difamação, combate-se com o Código Penal. Não precisamos de censura, e nem pode haver censura porque a Constituição proíbe, nos artigos 5.º e 220. O Marco Civil da Internet também proíbe – está lá para quem quiser procurar, na Lei 12.965/2014.

Aliança Democrática venceu eleição portuguesa, mas o partido mais votado foi o Chega

Falando um pouquinho de Portugal, muita gente não entende o que é Aliança Democrática, que tinha 77 deputados de um total de 230, e passou para 79, tendo a maior bancada. Quem mais cresceu foi o Chega, que quadruplicou de tamanho, passando de 12 para 48. E quem mais perdeu foram os socialistas, que tinham 120 e caíram para 77, ficando atrás da Aliança Democrática.

Mas o que é Aliança Democrática? É uma coalizão de vários partidos: o Partido Social Democrático (PSD), o Partido Popular (antigo Centro Democrático Social) e o Partido Popular Monarquista. Eles é que formam Aliança Democrática, e nenhum deles conseguiu, sozinho, conquistar 48 cadeiras como fez o Chega. A Iniciativa Liberal, que é um partido liberal, ficou com 8, e o bloco de esquerda ficou com 5, sem alterações.

A grande pergunta agora é quem vai governar Portugal, porque ninguém tem metade mais um dos 230 deputados. E ainda faltam escolher quatro. São os votos do exterior, dos portugueses que votam aqui no Brasil e em outros lugares do mundo. Nos Estados Unidos há uma grande colônia portuguesa – em Rhode Island, se não me engano – e há muitos portugueses na África, por causa do passado colonial, e no Timor-Leste, na Ásia. Todos esses portugueses elegem mais quatro deputados. Então, ficamos esperando para saber o que vai acontecer no país-irmão, ou, melhor dizendo, país-mãe, a nossa matriz, que nos originou.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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