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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

O ministro da Defesa, José Múcio, garantiu que a Venezuela não passará pelo território de Roraima para invadir a Guiana, se estiver mesmo disposta a realizar um ataque. A Venezuela certamente não vai querer passar por não desejar guerra com o Brasil. Se quisesse, certamente passaria, porque o Brasil não está preparado para conter uma invasão por lá; falta o calibre, falta o canhão, a última razão dos reis. Nós temos artilharia, mas é coisa fraca. Mas depois os venezuelanos acabariam perdendo.

Não sei por que o grosso dos blindados brasileiros continua no sul, quando a Argentina não é mais o nosso inimigo potencial, e muito menos inimigo de exercício bélico. O perigo está na Venezuela já há bastante tempo, desde 1958, eu diria. Não deram muita bola, mas Marcos Pérez Jiménez teria invadido a Guiana se não tivesse sido derrubado, porque os militares venezuelanos não quiseram. Então, se desde aquela época já existia uma invasão planejada para tomar um território como o Essequibo, não me digam que não havia planejamento logístico para aproveitar os mais de 500 quilômetros de fronteira seca entre Guiana e Venezuela.

Mesmo assim, estamos carentes. A parte social do Exército estava na vanguarda e fazendo um excelente trabalho na Operação Acolhida, mas a função primária de uma força armada é a defesa da soberania nacional.

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Servidor da PGR trabalhava para as principais facções criminosas do país, diz PF

É gravíssima a descoberta, feita pela Polícia Federal, de que um servidor importante da Procuradoria-Geral da República (PGR), ou seja, do Ministério Público Federal, Wagner Vinícius de Oliveira Miranda, que ganha R$ 20.650 por mês, era um elo financeiro, um lavador de dinheiro com empresas fictícias para o tráfico de armas. Segundo a PF, seu envolvimento inclui a compra de 43 mil armas. Isso dá para armar uma boa parte do Exército Brasileiro, ou 43 mil militares. As armas eram compradas por meio de um argentino no Paraguai, que as trazia de Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia.

Um servidor público, portanto, estava envolvido no abastecimento do crime, porque as armas iam para o Comando Vermelho e para o Primeiro Comando da Capital, as duas principais facções criminosas do país. A lei penal não é suficiente para isso; existe a agravante de crime cometido por funcionário público, mas a agravante não é suficiente neste caso, que é muito mais grave. Estamos falando de alguém que tinha acesso aos processos do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, da capital do país!

Sabatina dupla é decisão sob medida para poupar Flávio Dino

Quarta-feira é o dia da sabatina dupla e simultânea dos indicados para as vagas de procurador-geral da República e de ministro do Supremo, Paulo Gonet e Flávio Dino. Serão os dois juntos; agendaram assim para aliviar Dino enquanto perguntam a Gonet, assim os senadores não se concentram em Dino. A sabatina será na Comissão de Constituição e Justiça do Senado; depois, havendo tempo, vão todos para a votação no plenário. São 81 senadores; com metade mais um, eles passam. O voto é secreto, como diz a Constituição, para proteger aquele que escolhe o juiz, que mais tarde poderá julgá-lo. Mas aqueles que não querem Dino estão abrindo o voto para que o público saiba que quem não abriu o voto foi a favor de aprovar Dino.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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