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Sarahah: Testei o aplicativo sensação do momento e é uma verdadeira perda de tempo
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Se as atualizações do InstaStories dos seus amigos lotou com prints de respostas para perguntas aleatórias ou então com divulgação de endereços do Sarahah, não se assuste. É oficial: o aplicativo árabe de perguntas anônimas chegou com força nesta semana ao Brasil e já ocupa a liderança de apps mais baixados da Apple Store no Brasil, nesta quinta (27), superando até mesmo o WhatsApp e o Instagram.

Para quem ainda não sabe do que se trata, é muito simples: O usuário deve baixar o aplicativo no celular (ou acessá-lo on-line), registrar seu login e senha e divulgar para o mundo o endereço personalizado. As outras pessoas precisam entrar na sua página e podem enviar uma pergunta ou um comentário, de forma anônima. Como não há espaço para enviar a resposta, os internautas estão tirando um printscreen e mandando os retornos para todo mundo ver. Sem graça? Também achei.

Todas as mensagens recebidas aparecem em uma mesma “feed”. Em outro campo, na mesma tela, é possível ver todos os “Sarahah”s enviados

É meio inacreditável como um fenômeno com uma lógica semelhante ao Ask.fm (lembram dele?), do Spring.me (Que saudades!) ou até mesmo do Secret – que acabou sendo banido em todo o Brasil – ainda conseguiu atrair tantos adeptos em tão pouco tempo.

A grande sacada do Sarahah parece, sem dúvidas, uma chance de chamar a atenção daquele rolo mal resolvido ou até mesmo daquele seu “inimigo”. É algo bem adolescente, temos que concordar, mas é o que mais está sendo visto nos InstaStories e feeds do Facebook por aí.

Criação e medo?

Criado pelo desenvolvedor árabe Zain al-Abidin Tawfiq, o Sarahah surgiu com a proposta de suprir uma visão de mundo. Segundo eles, “as pessoas estão propensas a serem mais honestas quando as mensagens são anônimas, principalmente em regiões próximas a Arábia e adolescentes ingleses”. Fato.

O desenvolvimento iniciou em novembro de 2016 apenas como um site, sem a versão em aplicativo. Em dezembro, a aplicação ganhou força com a divulgação através de digital influencers na região asiática e atingiu seu ápice com a chegada ao Egito, em janeiro deste ano.

Sarahah cria uma página personalizada para o usuário. É possível ter uma foto de perfil.

A popularidade ficou nítida em território norte-americano e na Europa quando, no dia 5 de julho, o Snapchat lançou uma atualização de seu aplicativo, mas o Sarahah conseguiu ultrapassá-lo em número de downloads.

Segundo informações apuradas pelo Mashable, o aplicativo tem mais de 14 milhões de usuários registrados e atingiu 20 milhões de visitantes únicos por dia na última semana.

Aos poucos, o Sarahah aproveita a popularidade para corrigir alguns bugs e, até mesmo, complementar a navegação. Tawfiz adiantou que está criando formas de minimizar spams, criar filtros para mensagens com palavras ofensivas e permitir o bloqueio de usuários.

Um dos maiores medos que ouvi, nas últimas horas, é o receio das mensagens anônimas se alastrarem no futuro com o nome dos usuários. Isto é praticamente impossível, já que o usuário – mesmo sem registro – consegue publicar sua pergunta ou indireta na rede social. O cuidado, sem dúvidas, deve ser com as prints, que correm em questão de segundos em WhatsApp e nos InstaStories dos usuários.

A sensação que tenho é que o Sarahah veio para suprir, de fato, uma exagerada necessidade de atenção. Pena que da forma mais sem graça e vazia de todas, com o anonimato e a atitude de lançar indiretas como se todos nós ainda tivéssemos 14 anos de idade.

-O app virou piada nas redes sociais; veja a seleção dos melhores posts no Twitter:

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