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A diretora Paula Gaitán apresentou ontem (25.02) em noite de gala seu novo filme “Luz nos Trópicos” na mostra Fórum desta 70ª edição do Festival de Berlim.

A partir deste ano a Mostra  passou  a ser dirigida por  Cristina Nord e  tem  um novo procedimento de seleção, com nomes que entraram também agora  entre os consultores e o  comitê de seleção.

A mistura de antigo e novo, existente e pioneiro, é um elemento que permeia esta edição da Mostra que está completando 50 anos.  Muitos dos 35 filmes do programa  – 28 são estreias mundiais – são caracterizados pela maneira como procuram formas de mediar passado e presente, como é o caso do novo trabalho de Gaitán.

Chamada ao palco, Gaitán disse que estava muito feliz porque o tempo abriu e estava um lindo dia de sol.

A seguir – o que pode até ser interpretado  como uma comparação meteorologia e  situação brasileira – continuou.

“Estou muito feliz também com meu filme aqui porque no Brasil estamos vivendo tempos sombrios. Foi um convite maravilhoso ”, ressaltou.

O filme segue um jovem de ascendência indígena que  parte de onde mora, no norte, para descobrir a história de seu povo, no coração da América do Sul. Ao redescobrir a memória de seus antepassados, ele sonha com a história das conquistas e a decadência dos homens brancos.  Em uma jornada transformadora da natureza, homens e luz, onde há uma interseção entre esses múltiplos universos e um ensaio sobre os territórios complexos e as pessoas das Américas.  “Luz nos Trópicos” é um filme sobre a marcha da humanidade através do tempo e do espaço.

O filme apresenta a forma como a relação com a luz e a geografia brasileiras abrem espaço para novas experiências visuais e sensoriais, mostrado através da história do inventor francês Hercule Florence, artista que veio ao Brasil como membro da Expedição Langsdorff, trazendo consigo uma tradição pictórica europeia e, aqui chegando, teve sua percepção totalmente transformada.

Além do filme de Gaitán, também foi selecionado nesta edição da mostra “Vil, Má”, de Gustavo Vinagre, e “Apiyemiyeki?”, de Ana Vaz  (Fórum Expanded). O Brasil está  ainda na produção conjunta “ChicoVentana también Quisiera tener un Submarino”, de Alex Piperno – Uruguai /Argentina / Brasil / Holanda / Filipinas.

Gaitán é autora, entre outros,  do drama  “Exilados do Vulcão”,  que Ganhou o Candango de melhor filme do festival de Brasília de 2013.

Em 2003, “Amarelo Manga”, de Cláudio Assis foi um dos filmes premiados na Mostra com o troféu da Confederação das Artes

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