

A imagem é ilustrativa, mas embora não seja o mesmo cão, o da foto é praticamente igual ao que mora ao lado da minha casa.
Há uns três meses uma casa que fica ao lado do prédio onde moro ganhou novos moradores. Na verdade, nem faço ideia de quem sejam, mas um em especial me chamou atenção: um chow chow, aquele cão que tem a língua roxa .
Ele é enorme, tem pelos de cor caramelo e um focinho bem preto. Não sei dizer ao certo se é filhote ou adulto, mas pela energia com que pula de um lado para outro, imagino que não tenha muito mais do que um ano.
O que achei curioso – e que me motivou a fazer um relato aqui no blog – é que estou tendo muito trabalho para ganhar sua total simpatia, coisa que é difícil acontecer. Explico: a primeira vez que o vi, sentado do lado de dentro do portão, senti vontade de agradá-lo. Mas como era grande e eu não o conhecia, tive receio que me mordesse (embora eu não ligue muito para esse tipo de coisa, pois não acho que uma mordida de um cão que não seja de uma raça muito agressiva vá me arrancar pedaço). Então, resolvi apenas “trocar algumas palavras”, para ver se ele sentia, pela minha voz, que eu não ia fazer mal nem tentaria entrar na casa.
Bem, minha estratégia parece que deu certo, mas levou um tempinho. Comecei passando por ali e dizendo “oi, amiguinho” e ele vinha correndo de onde estivesse, parava, abanava o rabo e latia. Foi assim todas as manhãs por uns dois meses. Agora, nossa relação evoluiu. Ele não late mais, mas o rabinho continua mexendo muito e ele dá voltas ao redor do próprio corpo, coisa que os cães costumam fazer para demonstrar alegria e empolgação.
Agora que conquistei a amizade do chow chow, o próximo passo será passar a mão nos seus pelos, que parecem bem macios. Depois dessa etapa vencida, começarei a levar agrados, como ossos e biscoitos. Nunca conquistar o amor de um cão foi tão difícil.
Alguém teve uma experiência parecida?



