
O antigo gabinete do prefeito de Curitiba, no terceiro andar do Paço da Liberdade, estava lotado como há muito não se via. A explicação chama-se Guilherme de Camargo, instrumentista paulista que se apresentou às 12h30 de hoje no novo espaço, que estreia na Oficina de Música.
Tocando alaúde renascentista e guitarra barroca, Camargo atraiu mais de 100 pessoas, entre músicos que empunhavam seus instrumentos, turistas que disparavam seus flashes e curiosos que levantavam a cabeça para compreender melhor aqueles instrumentos antigos.

Guilherme de Camargo: instrumentista paulista elogiou o calor do público curitibano.
Foram executou obras de Thomas Robinson, Francis Cutting, John Dowland, Robert Visèe e Gaspar Sanz. O floreio acústico – não havia amplificação a pedidos do músico – combinou bem com as árvores que balançavam às costas do instrumentista e às vistas da plateia. Bem-humorado, apesar do calor que o incomodou um pouco, o instrumentista viu-se assustado logo depois do fim da primeira música. “Quando levantei a cabeça, não percebi que tinha tanta gente, mas tem”, disse.
Pois havia pessoas de pé, outras na ponta dos pés fora da sala para tentar ver algo. Figuras como o produtor Álvaro Colaço, o contador de histórias Carlos Daitschmann e o músico e coordenador da fase erudita da 28ª Oficina de Música Ricardo Kanji estavam por lá. Parece que o local é mesmo um novo point cultural da cidade – leia matéria sobre o espaço e a Oficina de música na versão impressa do Caderno G do próximo domingo, dia 17.
O Paço da Liberdade recebe mais um concerto daqui a pouco, às 18 horas. Elizabeth Fadel e Trio se apresentam. Se você pretende ir e sentar-se, recomendo chegar cedo. Na quinta-feira, dia 14, também às 18 horas, o Duo Crossover se apresenta (Jairo Wilkens e Clenice Ortigara, clarineta e piano). A programação completa da 28ª Oficina de Música está no site www.oficinademusica.org.br



