

Seu computador fica conectado mesmo quando não está sendo usado? Costuma ler mensagens de quem você não conhece? Cuidado, seu computador está correndo o risco de ser invadido por crackers (hackers que usam seus conhecimentos para o crime), e a instalação de um vírus é o menor dos problemas possíveis. Ao passar a noite conectado, por exemplo, ele pode ser usado como um computador “zumbi”, ou seja, um computador que é usado por criminosos para cometer crimes. Se a polícia descobrir, adivinha atrás de quem eles virão?
O conceito de cibercrimes não é novo, mas ele ganha os jornais frequentemente com o surgimento de novas práticas e sucessivas histórias de internautas prejudicados. Hoje mesmo li sobre a onda de cibercrimes que está ocorrendo nos Estados Unidos, segundo matéria publicada pelo jornal USA Today (leia reprodução do Uol). O aumento expressivo no número de esquemas para roubar dados pessoais e executar fraudes financeiras, estaria ligado à crise nos mercados financeiros. “Os esquemas -que frequentemente envolvem promoções on-line vendendo falsa proteção contra vírus de computador, idéias para deixar a pessoa rica e vídeos engraçados- já estavam aumentando de frequência no outono, quando os mercados financeiros mergulharam. Com os consumidores em todo mundo entrando em pânico, o número de fraudes na Web estourou”, diz trecho da matéria.
Por duas vezes entrevistei o delegado Demetrius Gonzaga de Oliveira, chefe do Núcleo de Combate ao Cibercrime, da Polícia Civil do Paraná e o que ficou mais do que claro é que as pessoas estão mais desprotegidas do que nunca e que o Brasil está longe de estar preparado para enfrentar esse tipo de crime.
Leia mais sobre o assunto na matéria Combate aos crimes na internet é falho.
Diariamente ouço aquelas mesmas reclamações. É a tia dizendo que depois de abrir um e-mail estranho o computador ficou “esquisito”, a mãe falando que uma empresa mandou e-mail pedindo para atualizar dados, ou é o avô falando que respondeu uma mensagem que confirmava o sorteio de um secador de cabelo e precisava dos dados para a nota fiscal. Isso sem falar naquelas mensagens, com histórias absurdas e fotos horrorosas, pedindo para que as pessoas repassem para mais e mais pessoas.
Já passou da hora de todos acordarem e começarem a ter mais cuidado com o uso da internet. Acha que sabe tudo sobre segurança na rede? Confira as dicas do delegado Oliveira e analise se está mesmo agindo corretamente.

Além de manter o computador equipado com pacotes de segurança atualizados, outros cuidados devem ser tomados:
– Mantenha sua webcam e o computador desligados quando não estiverem sendo usados, ou ele pode virar um computador “zumbi”.
– E-mails suspeitos contém erros de português, usam assuntos ou imagens apelativas e palavras como “ajude a repassar”.
– Ao navegar, se janelas forem abertas automaticamente (pop-ups), não utilize o botão padrão para fechá-las, aperte as teclas ctrl, alt e del no teclado e as feche.
– Se tiver filhos, aprenda a usar a internet e sites de relacionamento e de bate-papo. Além disso, verifique com frequência o conteúdo da ferramenta histórico de navegação.
– Nunca permita que crianças acessem a internet no quarto.
– Sempre que receber um e-mail de alguma organização solicitando dados, verifique pelo telefone.
– Se receber um e-mail dizendo que uma empresa oferece o valor que for, para que as pessoas repassem determinada mensagem, apague. Esse método de arrecadação não existe.
– Ao ser ameaçado pela internet, procure uma delegacia e leve todas as informações possíveis impressas.
O Núcleo de Combate aos Cibercrimes fica na Rua José Loureiro, 376, 1º andar. Telefone (41) 3323-9448.



