
As empresas de ônibus de Curitiba dizem que ainda não sabem se terão como pagar todos os salários de cobradores e motoristas até a próxima sexta-feira, como deveriam fazer. O sindicato dos trabalhadores, por sua vez, diz que se não houver pagamento haverá greve. Ou seja: quem apostava que a pressão diminuiria antes do aumento da tarifa técnica, no mês que vem, errou.
As empresas continuam dizendo que a tarifa técnica de R$ 3,27, que vem sendo paga mesmo depois do aumento de R$ 3,70 para o usuário, é insuficiente. Pelo contrato, a tarifa técnica, que determina quanto as empresas recebem por passageiro, sobe em 26 de fevereiro. Até lá, o plano da prefeitura parece ser o de acumular os R$ 0,43 extras para fazer caixa e ter alguma folga depois que o preço a ser pago às empresas subir.
O aumento da tarifa do passageiro feito com um mês de antecedência deve criar no fundo destinado a pagar as empresas um “colchão” de cerca de R$ 10,7 milhões (25 milhões de passagens são pagas mensalmente à Urbs).
A grande dúvida é se com o reajuste que será dado aos motoristas e cobradores nos próximos dias será necessário dar novo aumento para a tarifa do passageiro. Até o momento, a proposta dos trabalhadores é de 11% de reposição da inflação. Tudo indica que os patrões irão aceitar. A partir daí, é calcular a tarifa técnica e ver se o que está sendo arrecadado nas catracas mantém o sistema funcionando.
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