Nos últimos dias, houve algumas boas notícias quanto ao combate a abusos sexuais nos ônibus de Curitiba. Primeiro, a prefeitura lançou uma campanha inteligente contra os assediadores – aqueles que aproveitam o ônibus lotado para passar a mão nas mulheres ou para se encostar nelas sem consentimento. Depois, vieram duas notícias de prisão de assediadores.
Tudo isso faz parte de um processo civilizador. Não é possível que as mulheres fiquem expostas a serem violadas em qualquer situação. Quando estão dentro de um equipamento público, como o ônibus, é dupla obrigação do poder público garantir que elas (e os demais) estejam seguras.
E isso está sendo feito de uma maneira muito mais inteligente do que o que havia sido proposto pela Câmara, com a ideia de um ônibus exclusivo para as mulheres, que dava a entender que todos os homens eram assediadores em potencial e que não é possível conseguir a paz entre as pessoas sem colocar uma barreira física entre elas.
Agora, fica mais um passo importante a ser dado;. diminuir a superlotação dos ônibus. Isso ajudaria a criar mais segurança e tiraria o último pretexto dos imbecis que se aproveitam da situação para violar o direito alheio.
