A liderança do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia marcou uma reunião com os deputados da base para a próxima terça-feira pela manhã. Os governistas estão sendo convocados, durante o longo período de ausência da capital, via WhatsApp. Todos os deputados ganharam a semana para ficar em suas “bases”, já que o feriado foi estendido na Assembleia até sexta.
A reunião deverá discutir os dois pontos que estão causando polêmica hoje entre os deputados. Primeiro, o projeto que muda as regras para eleição de diretores nas escolas públicas. Esse, aparentemente, vai ser o menor dos problemas, já que o governo acredita que consegue a aprovação – para desespero do sindicato que representa a categoria. O tema também será discutido em reunião da Comissão de Educação na segunda, às 17h.
O outro ponto é a nova regra do imposto sobre heranças. Hoje, todo mundo paga 4%. Richa enviará na semana que vem proposta que torna a alíquota variável. Heranças de até R$ 25 mil ficam isentas. De R$ 25 mil em diante, há taxas progressivas, que começam em 2% e chegam a 8% no caso de valores acima de R$ 500 mil.
Aqui o bicho pega. Muitos deputados estão achando que não dá para aprovar a reforma. “Hoje tem muito terreno que passa desse valor de R$ 500 mil. Vai pegar muita gente esse aumento”, diz um governista.
O governo alega que está fazendo justiça social: cobrando menos de quem pode menos e mais de quem pode mais. E que no total o valor cobrado não será maior do que a arrecadação de hoje. Segundo o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, só 1% dos contribuintes terão aumento de alíquota.
Se isso vai convencer a base do governo é outra coisa.
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