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MBL chama de “rato” professor que perguntou se boicote ao Santander lembra ação nazista

Um post do Movimento Brasil Livre expôs um professor de uma escola pública por ter feito uma pergunta que desagradou os seus integrantes. No texto, o MBL dá o nome da escola, a cidade onde fica e o nome do professor, que é chamado de “rato sicário da extrema esquerda”.

O problema está numa questão de prova – não fica claro de que disciplina – em que o professor fala sobre o tratamento que os nazistas davam àquilo que chamavam de “arte degenerada”. Em seguida, relata o caso do QueerMuseu, exposição patrocinada pelo Santander e fechada por pressão do MBL (entre outros), que se ofenderam com o conteúdo sexual da mostra.

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A pergunta do professor pedia que os alunos falassem sobre os dois casos e apontassem “aproximações e distanciamentos”. Foi o suficiente. O MBL disse que se tratava de uma “ofensa” a todos os que participaram da ação de boicote à exposição e usou o fato para, mais uma vez, pedir a aprovação de leis que impeçam a “doutrinação” de alunos, como o Escola sem Partido.

Curioso é que o professor em nenhum momento afirma que existem semelhanças entre os dois casos. Apenas pede uma comparação. O aluno, até onde se sabe, poderia passar o texto todo dizendo que não há semelhança alguma, apenas “distanciamentos”. Ou poderia fazer o contrário: apontar mais “aproximações”.

Só haveria “doutrinação” neste caso (e o uso da palavra deve vir sempre entre aspas) caso o professor julgasse, na correção, como inválidas as respostas que pendessem mais para um lado. No entanto, o MBL não demonstra em nenhum momento que seja este o caso. Não parece que tenha informações que mostrem isso.

Leia mais: Oitenta anos depois, MBL faz ressurgir conceito de “arte degenerada”

Parece, como de costume, mais um caso de histeria.

Como curiosidade: a comparação que os nazistas usualmente faziam era entre judeus e “ratos”. Mesmo animal usado pelo MBL no texto. Aponte, neste caso, as aproximações e os distanciamentos.

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