O surgimento dos panfletos com os dizeres “petista bom é petista morto” marca um novo degrau na descida da política brasileira rumo à barbárie. Do jeito que vai a coisa, logo estaremos de tacape na mão tentando mostrar porque o adversário é digno de um golpe de misericórdia.
O mais macabro da situação é ter ocorrido no velório de um petista. Ou seja: não se estava falando de algo no abstrato. Efetivamente tratava-se de um petista morto. E, portanto, de acordo com a lógica, finalmente de um petista bom.
José Eduardo Dutra morreu de câncer. Seja lá o que tenha feito de sua vida pública, era aquilo que, em certos círculos, ainda se costuma chamar de “ser humano”. Significa que sua morte, independente do resto, não deveria ser motivo de foguetórios. Muito menos de política vil e rasteira como essa.
O panfletário responsável pela imbecilidade certamente não fala pela oposição. Muito menos por todos os brasileiros que desprezam o PT. Mas o fato de surgirem incidentes como esse é significativo para quem acompanha o cenário nacional.
Estamos numa fase de “junte-se a nós ou seja um imbecil fadado a ouvir as mais baixas grosserias”. E esse tipo de atitude só acirra a impressão (nem tão errônea) dos dois lados de que se vive em uma guerra de aniquilação. Não é isso que se chama democracia.
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