De todos os fatos que ocorreram desde as primeira denúncias sobre a gestão de João Cláudio Derosso (PSDB) na Câmara de Curitiba, em julho passado, o mais estranho talvez tenha sido a súbita mudança de comportamento de seus pares.
Tucanos e integrantes de partidos aliados defenderam Derosso o tempo todo. Unidos, impediram punições a ele. Unidos, fizeram a CPI terminar de uma maneira tranquila para Derosso.
Nesta semana, repentinamente, muitos mudaram de comportamento. E ao mesmo tempo. Passaram a defender a saída de Derosso de forma quase unânime, e o pedido de seu afastamento definitivo, que tinha uns sete apoios, passou a ter mais da metade da Casa.
Tudo ocorreu como se fosse uma ordem unida. Como se alguém que tivesse influência sobre toda a bancada tivesse dado um comando. Mas ninguém afirma que isso tenha ocorrido…
Fato é que Derosso tinha duas fontes de poder. A influência sobre a bancada governista e seu povo do Xaxim. Acaba de perder uma dela, que lhe dava a presidência. Cairá, ao que tudo indica, para não desgastar seus pares. Resta saber quem o sucederá.
Ficará com sua base de apoio popular. Vai se reeleger pelo Xaxim, certamente. Como será seu próximo mandato, porém, como vereador de plenário? Isso só o tempo dirá.
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