O governador Beto Richa (PSDB-PR) foi ao Facebook e às rádios nesta segunda para comentar a votação do impeachment de Dilma Rousseff. Disse que as pedaladas fiscais, que classificou como “motivo formal” para o impeachment, são apenas “o erro final” de um governo que estaria caindo “pelo conjunto da obra”.
“Não há nada mais nefasto para uma administração do que a corrupção aliada à má gestão”, disse o governador à rádio CBN. Segundo ele, Dilma deu margem para que a inflação voltasse, para que houvesse desemprego e pecou pelo “acomodamento de apaniguados políticos”.
O governador também elogiou o vice, Michel Temer (PMDB). “Temer é uma pessoa que tem capacidade de articulação política, capaz de compor base, fundamental para a governabilidade”, disse. “O Michel Temer resgata a esperança, vem com novas propostas”, afirmou. Mas disse não ter dúvidas de que o vice precisará adotar medidas “duras, amargas e impopulares”, como as que ele Richa tomou com o ajuste fiscal.
Ao final da entrevista, Richa disse que está “absolutamente tranquilo” em relação às investigações de que é alvo na Operação Publicano. E criticou a deputada Christiane Yared (PR), que em seu voto no plenário da Câmara disse que os governadores que cometeram os mesmos erros de Dilma também deve cair. “Sua hora vai chegar, Beto Richa”, disse ela.
Segundo Richa, Yared “tem demonstrado uma agressividade enorme em relação a mim. E mais do que nada revela um profundo desconhecimento das coisas do Paraná. Só tenho a reprovar o comportamento lamentável da deputada”, disse.
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