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Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil| Foto:

Estamos em um país em que um sujeito alcunhado “Pedrinho Matador”, com mais de 100 homicídios confessos nas costas e uma tatuagem “mato por prazer” inscrita no braço, não só está solto como tem um canal no YouTube no qual comenta crimes(!). A sociedade brasileira não aguenta mais, não suporta mais, não tem mais condição alguma de conviver com a impunidade que grassa em todas as dimensões da vida social brasileira. E é neste contexto e, pior ainda, no apagar das luzes do Judiciário, às vésperas da troca de governo mais pacífica e ao mesmo tempo mais radical feita na história da frágil democracia brasileira, que o que resta de paz social é atacado nada mais nada menos que pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF, com sua absurda decisão monocrática determinando o fim da prisão após condenação em segunda instância. Cabe lembrar que em praticamente qualquer outro país do mundo prende-se o criminoso, no máximo, após a decisão em primeira instância, e pouquíssimos são os países em que existem um sistema de progressão de pena, “saidinhas”, indultos e outras gracinhas tão generosas com o bandido, à custa da sociedade, quanto o que temos aqui.

O alvo primário de sua liminar, como salta aos olhos até do pior cego, é o perigosíssimo estelionatário que conseguiu desviar pelo menos R$ 1 trilhão da Petrobras e do BNDES, em proveito próprio, do partido a que pertence e de ditaduras com ele alinhadas politicamente. Para soltar Lula, Marco Aurélio decidiu soltar centenas de milhares de criminosos. Para soltar Lula, chefe do partido que deu um cargo de desembargadora à sua filha – jamais aprovada em qualquer concurso para juíza – pela mão de Dilma, Marco Aurélio decidiu esfregar no chão a vontade popular, fartamente expressada numa eleição em que, mesmo estando as máquinas de votar em posse do establishment, a onda bolsonariana foi tão forte que sua vitória teve uma diferença gigantesca em votos contados. E ao fazê-lo, ele escarnece das instituições e dificulta tremendamente a obra de reconstrução da devastação operada pela extrema-esquerda neste país.

Foi justamente para evitar este tipo de coisas que Dias Toffoli recebeu carinhosamente um mentor indicado pelas Forças Armadas, exatamente em função do caso em tela. E é na mão dele, Toffoli, guiada pela mão de seu novo mentor, provavelmente, que está qualquer saída que seja. Não sei. Escrevo no calor da notícia. Só o que sei é que Cesare Battisti, o assassino italiano acoitado por Lula, conseguiu fugir. Só o que sei é que a população brasileira espera ansiosa por um novo governo que se dedique a desfazer todo o mal perpetrado pela esquerda, no poder desde há já duas décadas, desmanchando as instituições, fazendo do governo o pior avatar do caos já visto nesta terra sofrida e transformando – quase que como uma consequência irrelevante – as capitais em terra de ninguém, dominada por bandidos. Bandidos que agora podem ser soltos, aos magotes. Estupradores, assassinos, assaltantes, sequestradores e – como Lula – corruptos. Todos livres, leves e soltos, prontos para voltar a seus malfeitos. É absurdo demais que seja neste momento histórico que ocorra tamanho retrocesso, que seja num momento tão delicado para as instituições pátrias que o STF defeque semelhante liminar, pela pluma infame e nauseabunda de Marco Aurélio Mello.

Em qualquer país sério – não teria dito De Gaulle que o Brasil não é um país sério? Se non è vero, è ben trovato! – um criminoso como Lula não só estaria preso sem chance alguma de um dia botar o nariz para fora, como estaria preso em penitenciária de segurança máxima. Afinal, a arma do estelionatário é a boca. Mas não. Aqui ele recebe centenas de visitas por ano. Quase um médium goiano, mas com maior capacidade de fazer o mal. Recebia mais visitas que a maior parte da população, certamente, diga-se de passagem. O sujeito certamente via mais gente que eu, que moro na roça e, graças a Deus, não tenho uma quadrilha multimilionária para tocar.

Os caríssimos advogados de Lula, pagos, talvez, com dinheiro roubado do povo brasileiro, pediram sua soltura 48 minutos após a expedição da maldita liminar. Sabiam antecipadamente de seu conteúdo? Afinal, em menos de uma hora não haveria tempo hábil para ler, entender, escrever, imprimir, assinar e levar a papelada ao guichê competente. Se quisessem fingir melhor, teriam esperado mais um pouquinho. Só isso já é um escândalo público suficiente para garantir a Marco Aurélio um belo impeachment, ou coisa pior.

As Forças Armadas, rezando para que tudo transcorra bem na transição de poder, devem estar, neste momento em que escrevo, imersas em reuniões de cúpula, mandando emissários à juíza encarregada do caso Lula (que poderá sempre ter a grandeza de alma e patriotismo de, apontando para o circo feito pelo condenado quando do cumprimento do mandado de prisão, decretar sua prisão preventiva em prol da estabilidade das instituições, para evitar convulsão social. Esta hipótese está prevista), à Procuradora-Geral da República e ao ministro Toffoli. E não fazem mais que seu papel. Em ultimíssimo caso, competir-lhes-ia mandar o famoso cabo e o famoso soldado, no famoso jipe, fechar o circo ou hospício em que se transformou o STF. Mas aí não se pode mais saber em que abismo o Brasil poderia entrar.

Que Deus nos ajude.

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