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Você ainda pensa que o LinkedIn é apenas para procurar emprego ou divulgar vagas? Então, é hora de repensar essa ideia! Hoje, a plataforma se tornou um dos principais canais de relacionamento institucional, posicionamento de marca e, sim, também é um ótimo espaço para captação de recursos.
Se você ainda vê o LinkedIn como uma rede só para perfis pessoais, está deixando passar uma grande oportunidade de fazer sua organização se destacar.
O que sua ONG precisa saber antes de começar a postar
Antes de sair postando conteúdos de qualquer tipo, é essencial entender a estratégia por trás da presença da sua ONG no LinkedIn. E para facilitar esse planejamento, criamos o acrônimo OPA: Objetivo, Público-alvo e Ações. Pergunte-se: Qual é o objetivo prioritário da sua organização no LinkedIn? Quem você quer alcançar? Quais ações são mais relevantes para esse público? Sem essas respostas claras, seu perfil pode acabar sendo apenas mais um, sem um propósito definido.
O LinkedIn vai além de postagens: interagir é a chave
Hoje, mais de 75 milhões de brasileiros estão conectados no LinkedIn. Mas como usar essa rede de forma estratégica, além de apenas divulgar causas sociais?
O primeiro passo é entender que o LinkedIn é uma ferramenta de relacionamento. Ou seja, não se trata de postar incessantemente, mas de interagir de forma estratégica e genuína. Se sua organização quer apenas "vender" sua causa sem construir conexões autênticas, o LinkedIn pode não ser a melhor escolha. Mobilizar é criar vínculos — até no digital. E, se o seu objetivo é captação de recursos, invista em perfis pessoais.
De acordo com Flávia Gamonar, perfis pessoais têm 5 vezes mais alcance que páginas institucionais. Então, incentive sua equipe a se posicionar estrategicamente, criando uma estratégia colaborativa para fortalecer a presença de sua ONG na plataforma. Lembre-se: a causa vive através das pessoas que a constroem.
Como qualificar potenciais financiadores no LinkedIn
Um dos maiores benefícios do LinkedIn é que ele pode ser uma excelente ferramenta para identificar e qualificar potenciais financiadores. Veja como:
- Pesquise instituições alinhadas à sua causa, com histórico de financiamento em projetos semelhantes.
- Busque o time institucional e identifique possíveis contatos, seja nos relatórios, sites ou perfis da empresa no LinkedIn.
- Envie uma sugestão de conexão pelo seu perfil pessoal.
- Ative as notificações daquele perfil e interaja com as postagens dessa pessoa.
- Envie uma mensagem personalizada, destacando pontos de convergência entre seu projeto e a tese de investimento, e proponha uma conversa.
- Se houver interesse, agende uma reunião com link para a agenda.
Captação de recursos no LinkedIn: não é mágica, é método
A captação de recursos não é mágica; é uma combinação de método, criatividade e manutenção constante de relacionamentos. O LinkedIn pode ser um braço fundamental da sua estratégia, mas com intencionalidade. Mais do que publicar, é preciso construir presença de forma consistente.
Dica prática: reserve tempo para interagir
Aqui vai uma dica simples, mas poderosa: reserve 15 minutos por dia para interagir com outras postagens, acompanhar hashtags da sua área, comentar com conteúdo relevante e responder aos comentários nos seus posts. Parece pouco, mas a consistência é muito mais valiosa que a quantidade. Se você realmente quer tornar sua atuação estratégica, inclua isso em sua lista de tarefas, e não espere "sobrar tempo".
Como sua OSC tem usado o LinkedIn hoje? Que estratégia você já testou por lá?
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A coluna Causas que Transformam é mantido pelo Programa Impulso, uma iniciativa do Instituto GRPCOM que oferece apoio às Organizações da Sociedade Civil (OSC) do Terceiro Setor, com foco no aprimoramento da gestão e da comunicação – áreas fundamentais para que essas organizações alcancem seus objetivos e ampliem seu impacto social. Para saber mais e fazer parte, acesse: https://programaimpulso.org.br/.
Colunista voluntário:
Natália dos Santos Gonzales é graduada em Relações Públicas e mestra em Comunicação Mobilizadora. Cofundadora do S-Lab, atua há mais de 13 anos com causas sociais. Já passou por organizações como Fundação Abrinq, Oracle e Mondelez, e atendeu clientes como IDIS, Avina, J&J e BMS Foundation.




