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Enem mostra desigualdade entre pobres e ricos na educação

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Das dez escolas do Paraná com melhores notas no Enem em Ciências Humanas, por exemplo, todas são particulares, frequentadas na sua maioria por alunos de classe média alta e ricos. Em Linguagem e Ciências da Natureza, entre as dez do topo só aparecem a UFPR e o Colégio Militar, ambos em Curitiba, como escola pública. Em Redação, só o Colégio Militar. Em Matemática, além da UFPR e do Colégio Militar, aparece a UTFPR de Pato Branco.

Em todas as áreas, nenhum colégio estadual conseguiu pontuação entre os dez melhores.

Do lado oposto do ranking, onde estão as escolas com piores desempenho, todas são públicas. São colégios de cidades pobres do interior, de zona rural ou de bairros miseráveis da periferia.

A Folha de S. Paulo fez um cálculo que também deixa claro a relação entre pobreza e ensino. O levantamento concluiu que as notas no Enem 2014 das piores escolas entre as mais ricas do país são praticamente iguais às das melhores escolas entre as mais pobres.

Fica evidente que é difícil – para não dizer impossível – o país avançar em educação básica sem elevar o nível socioeconômico da população pobre.

O Inep esclarece que a nota do Enem por escola deve ser considerada com cautela, uma vez que a participação dos estudantes no exame é voluntária. Outra recomendação é considerar as informações contextuais, como os indicadores de nível socioeconômico e de formação docente da escola. Em que pese as observações, todos os dados comprovam a disparidade entre escolas pobres e ricas.

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