
Os brasileiros confiam mais na imprensa escrita do que no Poder Judiciário e no Ministério Público. É o que mostra pesquisa realizada pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas com 3 mil pessoas de oito estados.
De acordo com o levantamento, o grau de confiança na imprensa escrita subiu de 44% no primeiro semestre de 2014 para 47% no mesmo período de 2015.
É a primeira vez que os pesquisados pela Escola de Direito de São Paulo consideram a imprensa mais confiável que o Ministério Público, que teve queda no grau de confiança de 48% para 43%.
O Poder Judiciário, que, historicamente, não tem recebido boa avaliação da população, subiu um pouco, mas ainda está longe de ficar entre os mais bem avaliados. O índice de confiança, segundo a sondagem, passou de 30% para 31%.
A imprensa escrita fica atrás somente das Forças Armadas (67%) e da Igreja Católica (58%).
As instituições menos confiáveis, de acordo com o levantamento, são os partidos políticos, que tinham apenas 6% e caíram para 5%, e o Congresso Nacional, que sofreu queda de 17% para 15%.
A maior queda de confiabilidade, contudo, é do Governo Federal, de 29% para 17%. O recuo de 12 pontos porcentuais é interpretado como reflexo dos escândalos de corrupção e da crise econômica por que passa o país.
O estudo avaliou a opinião dos entrevistados sobre a importância de se obedecer leis, policiais e juízes. O resultado mostra que 80% dos brasileiros acreditam que é mais fácil desobedecer leis no Brasil e 56% afirmam que existem poucas razões para seguir a lei brasileira.
O Índice de Percepção do Cumprimento da Lei (IPCLBrasil) aborda vários outros temas com o objetivo de identificar se o cidadão acredita que as regras e as instituições do Estado de Direito são respeitadas por seus pares.




