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PSOL sai em defesa do MC Poze do Rodo, preso por envolvimento com o Comando Vermelho

Poze do Rodo
MC Poze do Rodo, preso por envolvimento com o Comando Vermelho (Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro)

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A prisão do MC Poze do Rodo trouxe à tona uma discussão preocupante sobre a confusão que parte da esquerda gourmet faz entre pobre e bandido. O funkeiro foi detido por envolvimento com o Comando Vermelho, facção criminosa atuante no Rio de Janeiro, e por fazer apologia ao tráfico de drogas. A informação foi confirmada durante a audiência de custódia, na qual o próprio artista declarou sua ligação com a facção. Ele também é investigado por crimes gravíssimos, como tortura e cárcere privado.

Apesar da gravidade dos fatos, figuras políticas como a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) e a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) se manifestaram em defesa de Poze do Rodo. Talíria escreveu em suas redes sociais: “Prender o MC Poze é mais um capítulo da criminalização da cultura de favela... Ao invés de perseguir fazedores de cultura, a polícia deveria investigar e responsabilizar quem financia o crime, inclusive a milícia. Funk não é crime. MC não é bandido.”

A resposta mais contundente veio da vereadora paulistana Amanda Vettorazzo, criadora da lei anti-Oruam: “Tá, mas você leu o motivo da prisão? Ele foi preso por ENVOLVIMENTO COM O TRÁFICO DE DROGAS. Essa é a 'cultura da favela' pra você? Poze do Rodo FAZ PARTE do Comando Vermelho. Ele é um dos financiadores do crime. Meu Deus, em que mundo vocês vivem?”

Erika Hilton também saiu em defesa do funkeiro Poze do Rodo, dizendo que sua prisão foi “desumana” e que ele está sendo perseguido por sua origem e expressão cultural. Ignora-se, assim, que a prisão de Poze não foi motivada por suas músicas, mas sim por suas relações comprovadas com uma das maiores facções criminosas do país e por sua participação ativa em eventos que servem, segundo investigações, para lavagem de dinheiro e fortalecimento do domínio territorial do tráfico.

Quem defende criminoso não está defendendo cultura, está ajudando a destruir vidas e comunidades inteiras. É cada vez mais evidente que Lula e seus aliados não têm compromisso com a segurança pública, apenas com a manutenção de uma narrativa conveniente

A linha de defesa construída por figuras públicas é ainda mais grave por legitimar práticas criminosas como se fossem parte de uma identidade cultural. Ao afirmar que MC Poze do Rodo foi preso por “cantar a realidade” ou por “expressar a cultura da favela”, essas lideranças desrespeitam os próprios moradores das favelas, que são as maiores vítimas do domínio do tráfico, da violência e da opressão.

As letras do funkeiro exaltam o crime, fazem apologia ao assassinato de inocentes, ao tráfico e ao recrutamento de menores. Seus shows, segundo autoridades, servem como celebrações do poder da facção e como eventos para lavagem de dinheiro. Não se trata de arte, mas de propaganda criminosa. A esquerda brasileira, ao defender este tipo de atuação, passa recibo de um elitismo nojento que trata o pobre como se estivesse naturalmente fadado ao crime, como se viver na favela fosse sinônimo de compactuar com bandido.

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O caso Poze do Rodo revela uma crise moral e política: a esquerda não tem resposta concreta para os principais problemas do país - segurança, trabalho, endividamento - mas tem justificativa pronta na ponta da língua para defender criminoso. Isso já seria absurdo por si só. Pior ainda é fazer isso sob o pretexto de proteger a cultura da periferia.

A cultura das favelas é rica, vibrante, diversa e honesta. É feita por milhões de trabalhadores que lutam diariamente para sobreviver. Reduzi-la à exaltação do tráfico é desonesto e ofensivo. A elite política que tenta colar essa imagem está mais preocupada em lacrar nas redes sociais do que em resolver o sofrimento real da população.

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Quem defende criminoso não está defendendo cultura, está ajudando a destruir vidas e comunidades inteiras. É cada vez mais evidente que Lula e seus aliados não têm compromisso com a segurança pública, apenas com a manutenção de uma narrativa conveniente. Para isso, estão dispostos a defender até o indefensável, como agora, um artista que confessadamente integra uma facção criminosa.

E depois ainda dizem que querem regular a internet para proteger a democracia. Não. Querem censurar para impedir que verdades inconvenientes venham à tona. Uma delas é a permissividade com o crime organizado, que é a principal chaga do país. O povo está vendo tudo.

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