
Há exatos 45 anos, era lançado um dos filmes mais emblemáticos da história recente do cinema, uma obra catalogada como ficção científica, mas capaz de despertar discussões existenciais até então pouco vistas no gênero. Estou falando do clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço (2001: A Space Odissey), petardo dirigido por Stanley Kubrick com base no livro de Arthur C. Clarke.
Lembro da primeira vez que, sem nem sequer saber do que se tratava, comecei a assistir a 2001 em uma aula durante a faculdade. Foi um baque. Assistimos somente a “primeira parte” do filme, com menções ao homem pré-histórico. Depois, fui atrás e pude, enfim, me deliciar com o espetáculo de som e imagem trazido por Kubrick.
Ainda vou tirar um tempo para comentar com mais calma sobre o filme aqui no blog. Por enquanto, apenas não queria deixar de “comemorar” esta data e sugerir a quem não assistiu ainda, que separe um tempo e disposição pra encarar a obra. Não é um filme fácil de ser digerido, tampouco traz respostas ou abordagens claras. O nó na cabeça é inevitável. Mas é justamente isso que o torna tão irresistível e duradouro.

2001 – Uma Odisseia no Espaço: ficção científica filosófica pra viajar junto com os astronautas.
O Estado de São Paulo publicou hoje uma matéria muito bacana sobre o 2001, onde é possível acessar, inclusive, as resenhas feitas pelo jornal na época de lançamento do filme. Registro histórico, que merece ser revisitado.
Ah, e trago abaixo um making of de 2001, produzido anos depois, com uma introdução do diretor James Cameron. É em inglês e está sem legendas, mas é fácil de acompanhar. O making of traz entrevistas com os envolvidos na produção e mostra detalhes de como foram filmadas algumas das sequências. Pode inclusive servir como guia para entender um pouco melhor o rumo da história e as discussões apresentadas por Kubrick e Clarke.
O pessoal do Omelete também produziu um artigo bem interessante e completo com 10 curiosidades sobre os bastidores da produção e o filme em si. No artigo, a Natália Bridi lembra que não há qualquer diálogo nos 25 minutos iniciais do filme nem nos últimos 23 minutos, sem contar os créditos. É ou não é um filme à frente do seu tempo?



