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Sessão HQ: a Liga da Justiça rumo à telona… sem Superman nem Batman

Como já comentei aqui no blog há pouco tempo, no mês que vem as atenções na telona estarão voltadas para a estreia de O Homem de Aço (Man f Steel), reinvenção do Superman pelas mãos de Zack Snyder e Cristopher Nolan (este, na produção). Provavelmente, um dos maiores blockbusters do ano.

O sucesso da nova adaptação não interfere só na possível continuidade da franquia, mas também no lançamento de outro filme esperado há décadas pelos leitores de histórias em quadrinhos, que reunirá alguns dos maiores heróis da DC Comics. Sim, estamos falando de Liga da Justiça. Tanto O Homem de Aço quanto o futuro filme da Liga são produções da Warner Bros. – portanto, nada mais sensato para o estúdio do que aguardar para ver como o azulão se sairá nas bilheterias, antes de investir de vez no supergrupo.

Não há nem sequer roteiro pronto ainda para o filme da Liga da Justiça, embora a Warner já sinalize que pretende lançar a megaprodução nos cinemas em 2015. Que seja. Cá entre nós, estou mais interessado na adaptação à telona de outro “supergrupo” da DC, este muito mais obscuro, mas com maior potencial de sair de fato do papel. Trata-se de Justice League Dark, HQ lançada nos Estados Unidos no fim de 2011, como parte do polêmico reboot feito pela DC Comics com seus personagens.

Divulgação.
Justice League Dark: Constantine e convidados em histórias “viajonas”.

Justice League Dark reúne alguns dos “heróis” místicos da editora ou com ligações com o sobrenatural – personagens que, até então, eram coadjuvantes ou faziam parte do escalão do selo Vertigo, que publica as histórias adultas e mais pesadas da DC. Temos aí o famoso e adorado John Constantine, a mágica Zatanna, o fantasma Desafiador e outros personagens menos conhecidos, como Madame Xanadu e Shade, O Homem Mutável.

A HQ começou a ser publicada no Brasil em julho de 2012, na revista Dark, da Panini Comics, que reúne um mix com histórias do Monstro do Pântano (que também deixou a Vertigo), Homem Animal, Ressurreição e Eu, Vampiro. O primeiro escritor a assumir Justice League Dark nos quadrinhos foi Peter Milligan (que já escreveu histórias do Batman, Shade e Homem Animal) e, contrariando as expectativas, a série foi considerada uma das melhores entre as 52 lançadas no reboot da DC. É uma das revistas que acompanho todos os meses e concordo inteiramente. Os melhores momentos estão no relacionamento conturbado entre os personagens – que são reunidos contra a sua vontade –, no roteiro ora “viajão”, ora sombrio e, como não poderia deixar de ser, na presença do infame Constantine, que surge como líder informal do grupo, ou, como ele mesmo diz, o “empresário da banda”.

Justice League Dark, para nossa sorte, chamou a atenção de um dos diretores mais cools da atualidade: Guillermo del Toro, que está prestes a lançar o blockbuster Círculo de Fogo (Pacific Rim). O diretor não recebeu ainda um sinal verde da Warner Bros., mas decidiu assumir o projeto por conta e trabalhar em um roteiro. Em um evento em Los Angeles na semana passada, del Toro confirmou que continua pensando na história, onde pretende reunir, entre outros personagens, Constantine, O Monstro do Pântano, Madame Xanadu, Desafiador e Zatanna.

Divulgação.
Página de Justice League Dark: grupo mais sombrio do que os coloridos Vingadores.

Como o projeto está em gestação, não se sabe ainda se del Toro também assumiria a direção de Justice League Dark ou se seria responsável somente pelo roteiro e pela produção. Também não há quaisquer boatos sobre possíveis atores envolvidos. A Warner Bros. só deve se pronunciar mesmo quando receber a história em mãos. Lógico que, se Círculo de Fogo estourar nas bilheterias – como se espera –, o estúdio tende a ser muito mais receptivo em relação a qualquer projeto de del Toro.

O jeito é torcer. Não vejo nenhum outro diretor tão capacitado quanto o mexicano para assumir esta adaptação. OK, boa parte dos personagens de Justice League Dark são desconhecidos do grande público – aquele que conhece HQs somente por meio do cinema –, mas basta lembrar o que del Toro fez com outro “herói” ainda mais obscuro nas telonas, em Hellboy. O universo de Justice League Dark, com seus anti-heróis, vilões bizarros e histórias sobrenaturais cai como uma luva para o diretor. Além do mais, quem não quer ver novamente John Constantine no cinema? Convenhamos, a Liga da Justiça “oficial” pode esperar…

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