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Top 5: bruxas à solta na telona

Esta quinta-feira será dia de festa em muitas escolas de idiomas por aqui. Comemorado todo 31 de outubro, o Halloween — popularmente conhecido como Dia das Bruxas — é um verdadeiro marco festivo no calendário de países de língua inglesa, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e por aí vai. No Brasil, já há um bom tempo tem muita gente querendo entrar na onda, com festas a fantasia, eventos temáticos e sessões de cinema especiais.

Chamar o Halloween de Dia das Bruxas é minimizar a origem e o significado da data, mas é inegável que a personagem está intimamente ligada às comemorações e ao imaginário popular que ultrapassou fronteiras. Ao longo do tempo, as bruxas deixaram de ser temidas e passaram a ser admiradas, incluindo aí uma geração que entrou na onda Wicca de ser. Essa influência, lógico, também alcançou o cinema, onde a bruxaria é retratada das mais diversas formas.

Curiosamente, parece que a maioria dos filmes explora o lado mais cômico e divertido das bruxas do que a imagem de feiticeiras brutais, capazes de transformar jovens mancebos em sapos (pelo menos no imaginário popular) ou dizimar uma vila inteira ao rogar pragas. De qualquer maneira, há bruxaria para todos os gostos na telona. Fácil lembrar de produções como Jovens Bruxas (The Craft,1996), O Mágico de Oz (The Wizard of Oz,1939), Da Magia à Sedução (Practical Magic,1998), Arraste-Me para o Inferno (Drag Me to Hell,2009), A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1999) e tantas outras.

Assim, para não deixar a data passar em branco, o Top 5 desta semana é dedicado a essas mulheres encantadoras, de narizes longos e verrugas protuberantes!

Abracadabra (Hocus Pocus, 1993)

Abracadabra: aventura juvenil com trio de bruxas inspiradas (e atrapalhadas).

Abracadabra: aventura juvenil com trio de bruxas inspiradas (e atrapalhadas). (Foto: Divulgação)

Filme produzido pela Disney que, certamente, você já viu em alguma Sessão da Tarde. Três irmãs bruxas — interpretadas por Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy — retornam à vida depois de 300 anos para assombrar uma pequena cidade, justamente na noite de Halloween. A produção tem todos os elementos de uma (boa) aventura juvenil: há o garoto recém chegado à cidade e sua irmã mais nova, a garota popular que ele vai tentar conquistar, efeitos especiais competentes e vilãs que, ao invés de assustar, fazem rir. O destaque aqui vai mesmo para Bette Midler, excelente como a bruxa que reúne todos os clichês possíveis da personagem.

Elvira, A Rainha das Trevas (Elvira: Mistress of the Dark, 1988)

Elvira: decote generoso e garganta afinada deixam cidadezinha de cabelo em pé.

Elvira: decote generoso e garganta afinada deixam cidadezinha de cabelo em pé.(Foto: Divulgação)

Este também é um “clássico” das tardes da Globo, que marcou a carreira da atriz Cassandra Peterson, para sempre ligada à imagem da femme fatale dark e extravagante com um decote generoso — tanto que até uma série de TV foi produzida com a personagem. Elvira não é bem uma bruxa, mas se comporta como tal, pelo menos na visão dos puritanos que moram em uma pequena cidade de Massachusetts. É para lá que a “rainha das trevas” se muda depois que herda uma mansão de sua tia, onde está escondido um misterioso livro de receitas “sobrenatural”. O filme é trash total e não se leva a sério, mas ao menos diverte, principalmente pelas falas e atitudes da protagonista e seu embate com os moradores do lugar.

As Bruxas de Salém (The Crucible, 1996)

As Bruxas de Salém: drama de tribunal sobre episódio histórico retrata episódio de caça às bruxas.

As Bruxas de Salém: drama de tribunal sobre episódio histórico retrata episódio de caça às bruxas. (Foto: Divulgação)

Entre os cinco filmes desta lista, é o único que pode ser considerado “sério” e assustador — a produção de Nicholas Hytner baseada na peça de Arthur Miller inclusive concorreu a dois Oscar, de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado. O “assustador”, porém, não vem de cenas de terror ou feitiços mórbidos, mas sim da absurda perseguição a que várias mulheres foram submetidas na cidade de Salém, em Massachusetts, no final do século 17. Winona Ryder interpreta a jovem que acusa a esposa de seu interesse amoroso de bruxaria, desencadeando assim uma série de prisões e julgamentos irracionais, motivados pelo medo e por outros interesses escusos. O marido da mulher acusada injustamente é ninguém menos do que Daniel Day-Lewis, em mais uma atuação inspirada.

Sortilégio do Amor (Bell Book and Candle, 1958)

Sortilégio do Amor: Kim Novak repete dobradinha com James Stewart, desta vez em comédia romântica.

Sortilégio do Amor: Kim Novak repete dobradinha com James Stewart, desta vez em comédia romântica. (Foto: Divulgação)

Pensar em Kim Novak e James Stewart juntos no mesmo filme como interesse romântico um do outro é lembrar, antes de tudo, do clássico Um Corpo que Cai (Vertigo, 1958), do mestre Hitchcock. Curiosamente, o suspense e essa comédia romântica foram lançados no mesmo ano, embora tenham tons totalmente opostos. Em Sortilégio do Amor, Kim Novak é uma bruxa nova-iorquina descolada que passa os dias ao lado do gato siamês da família, apelidado de Pyewacket (e isso lá é nome de gato?!). Por capricho e para se vingar de uma desafeta, ela lança um feitiço sobre o vizinho — interpretado por James Stewart –, que cai de amores pela feiticeira. Como é uma comédia romântica, há um porém: a loira começa a se apegar de verdade pelo rapaz e, caso se apaixone, pode perder os poderes. Apesar de ser pouquíssimo lembrado hoje em dia, o filme foi indicado na época ao Globo de Ouro de Melhor Comédia.

Convenção das Bruxas (The Witches, 1990)

Convenção das Bruxas:

Convenção das Bruxas: “nunca fale com estranhos” é a moral do filme estrelado por Anjelica Huston. (Foto: Divulgação)

Lembro que, ao assistir a este filme quando criança, tive calafrios e pesadelos, justamente pela cena em que várias pessoas são transformadas em ratos e massacradas depois pelas bruxas. Anjelica Huston interpreta a grande “chefe” das bruxas que comanda uma reunião em um hotel para elaborar um plano e erradicar todas as crianças da Terra — vem daí a tal “convenção” do título brasileiro. Disfarçadas como elegantes senhoras, as bruxas logo mostram suas verdadeiras caras (literalmente) e precisam ser impedidas por um jovem órfão que é enfeitiçado e vira uma ratazana. A maquiagem das feiticeiras é asquerosa e pode assustar de verdade os mais pequenos. Mesmo assim, é um filme essencial para ser visto por crianças, ao lado de outros clássicos juvenis como Os Goonies (The Goonies, 1985), Willow – Na Terra da Magia ( Willow, 1988) e Labirinto – A Magia do Tempo (Labyrinth,1986) .

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Lembra de outros filmes estrelados por bruxas ou semelhantes? Assistiu aos filmes acima? Deixe sua lista e comentários aqui no blog!

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