

Presidente Lula toca vuvuzela em encontro com o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. Fora do continente, é mais fácil.
José Serra (PSDB) e o vice, Índio da Costa (DEM), erraram no tom ao criticar o envolvimento do PT com as Farc. A falha técnica poderia ter virado um acerto considerável se as acusações tivessem sido mais aprofundadas. E focado no que realmente preocupa: a ambiguidade da relação do governo Lula com os populistas de esquerda que estão na moda na América Latina.
A guerrilha é uma chaga que aflige gerações de colombianos. O venezuelano Hugo Chávez faz pirraça com a história e ainda quer sair de bonzinho. E o governo brasileiro? Diz que quer intermediar o conflito via Unasul, mas não tem condições – como é que a Colômbia, governada pela direita, aceitaria um negociador tão identificado com o outro lado?
O jeito é ficar de braços cruzados, ver se as coisas se ajeitam. Por isso é tão mais cômodo para o governo meter o bedelho no Oriente Médio. É o velho ditado: casa de ferreiro, espeto de pau.



