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Paranaenses brigam durante sessão da CPMI do Cachoeira

A disputa política entre petistas e tucanos na CPMI do Cachoeira levou dois deputados paranaenses, Fernando Francischini (PSDB) e Dr. Rosinha (PT), a baterem boca e quase brigarem fisicamente durante a sessão de hoje. A discussão ocorreu durante o depoimento do sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, acusado de trabalhar como “espião” para o grupo de Cachoeira. O clima esfriou graças à intervenção de outros dois representantes do estado, o senador Alvaro Dias (PSDB) e o deputado Rubens Bueno (PPS).

A confusão começou após Francischini criticar a postura do relator da comissão, Odair Cunha (PT-MG), ao questionar outro depoente, o ex-vereador Wladimir Garcez, ligado ao governador goiano Marconi Perillo (PSDB). “Quando o relator faz perguntas sobre a Delta nacional e o governador Agnelo [Queiroz, do Distrito Federal], é tchutchuca. Quando pergunta sobre o governador Perillo, é tigrão”, afirmou Francischini. Assim como fez Cachoeira na terça-feira, nenhum dos três convocados de hoje responderam às perguntas dos parlamentares.

Logo depois, Rosinha pediu a palavra e insinuou que havia parlamentares que queriam aparecer. “Minha intenção era apenas mostrar o seguinte: quando a CPI é secreta, há um tipo de comportamento, quando é pública, há deputados que usam um palavreado que não é correspondente ao ambiente. Foi o caso do Francischini”, falou o petista depois da reunião.

Depois de usar o microfone, Francischini riu das colocações do colega. Então Rosinha retrucou dizendo que o assunto era sério, não uma brincadeira. “Aí eu me levantei e só fui tirar satisfações, não iria brigar”, disse o tucano. “Na verdade, ele me chamou para o tapa”, declarou Rosinha.

Os desentendimentos continuaram depois, em entrevistas aos jornalistas. “Fui eleito por 130 mil paranaenses para fiscalizar o PT e parlamentares como Rosinha. Só eu sei para onde ele manda suas emendas”, acusou Francischini. Já o petista disse que o tucano ficou nervoso porque sentiu a proximidade do grupo de cachoeira ao governador Perillo.

Rubens Bueno, que separou os dupla, resumiu a situação: “CPI não é lugar para esse tipo de coisa”. Os três dividiram grande parte do eleitorado curitibano em 2010. “Mas se tivesse de escolher um lado, iria ter de ficar do lado do Rosinha, que é mais velho”, continuou Bueno. Rosinha tem 62 anos, 20 a mais que Francischini.

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