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Carnaval é festa de origem pagã. Deveria ser segregacionista? Por que só bêbados e depravados têm espaço na folia? Acaso vovôs e vovós fantasiados de piratas e colombinas, com seus netinhos de cocar e rosto pintado, não deveriam seguir tendo o direito de se divertir? As famílias não são bem-vindas?

Por que esposas, em casamentos saudáveis, não podem mais emprestar sua maquiagem, acessórios, sutiens, saias ou aventais para os maridos desfilarem no blocos das "meninas"? Por que elas não podem mais curtir a bagunça dos maridos sossegadas, sem os olhares assassinos das feministas?

Falsos empáticos dirão que a polícia do pensamento, mais que presente na folia, trabalha em prol do respeito ao outro e da aceitação das diferenças. Bem sabemos, porém, que só é aceito na festa quem pensar e agir de forma igual.

Carnaval dos bandidos de volta à cena do crime

Hoje, é deprimente enfrentar a turba ansiosa por libertinagem plena a céu aberto. A maior parte, quando não pratica, aceita a promiscuidade em plena luz do dia a título de "meu corpo, minhas regras". Dane-se o que está na lei ou o que dizem a lógica, as regras de boa convivência e mesmo os médicos!

Prega-se bullying, perseguição, ódio e até prisão a quem ousar não seguir a cartilha ou questionar o que eles consideram "liberdade" e "politicamete correto". Não entendem que fazer sexo ou necessidades fisiológicas na rua, na frente de todos, não é "politicamente" nem legalmente aceitável.

Mesmo para os conformados, que toleram ver a folia transformada em baderna, chega a ser perigoso fantasiar-se e sair brincando pelas ruas. Vai que alguém entende que a sua fantasia o ofende e resolve denunciá-lo formalmente?

Já pensou ter que se defender por ter desprezado "povos originários", "gênero fluido" ou sabe-se lá mais o quê? Ainda há diversão de verdade no carnaval? Há propósito? Qual é mesmo a origem da festa?

Carnaval da lacração X carnaval da real diversão

É uma pena que os carnavais de rua tenham sido contaminados pela turma da lacração, que adora julgar os outros e apontar o dedo raivoso, acusando todo mundo de falta de empatia, apropriação cultural, preconceito, intolerância ou qualquer outro desses "crimes" que existem mais em suas mentes autoritárias do que na vida real.

Nesta segunda-feira de carnaval (20), o Programa Segunda Opinião debate as mudanças ocorridas nos carnavais de rua e nos desfiles de escolas de samba para dar lugar à chamada cultura woke e à ideologia "progressista", que invadiu e apropriou-se da mais popular das festas brasileiras.

Qual o impacto disso sobre a folia que embalou tantas e tantas gerações? Alguém ainda lembra das letras das antigas marcinhas? Como seriam cantadas, na era da polícia do pensamento, as estrofes que falavam da Maria Sapatão, do Zezé e sua cabeleira, dos índios que queriam apito? Amélia ainda é mulher de verdade?

Especialistas em falsas sinalizações de virtude; extremistas do individualismo; integrantes do bloco do "mais amor, por favor" desfilam pelas ruas à vontade, no carnaval dos bandidos que voltaram à cena do crime, com endosso de parte considerável da imprensa e de uma ala condescendente da sociedade.

Idosos, crianças, famílias inteiras, que ainda querem se divertir sem ver as ruas transformadas em imensos banheiros públicos ou motel a céu aberto, vão se refugiando nas raras festas de clube. Há quem promova folias menores, em petit comitê, em casa mesmo. É o que resta para não deixar o verdadeiro carnaval morrer.

Cristina Graeml, Flávio Gordon, Paula Marisa e Paulo Polzonoff participam do programa, refletindo sobre o carnaval dos blocos de rua e dos desfiles de escolas de samba do passado e do presente. Faltam também sobre as origens do carnaval; a quaresma e muito mais. O programa vai ao ar todas as segundas, a partir de 20h.

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