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Cristina Graeml

Cristina Graeml

"A meta de uma discussão ou debate não deveria ser a vitória, mas o progresso". Joseph Joubert.

Falando Abertamente

No carnaval da intolerância, até a lacração passou dos limites

Antes caracterizado pela diversão e irreverência, o carnaval brasileiro vem registrando cada vez mais atos de intolerância e desrespeito à história e à fé alheia, assim como falta de humanidade e empatia com presos e perseguidos políticos condenados sem o devido processo legal.

Dentre episódios que marcaram o carnaval de 2025, a colunista Cristina Graeml destaca três momentos emblemáticos de deterioração da maior festa popular do país: o beijo gay entre um folião fantasiado de demônio e outro, de Jesus Cristo, num bloco de Belo Horizonte; o carro alegórico da Acadêmicos do Tucuruvi, no desfile em São Paulo, em que um índio segura a cabeça do imperador Dom Pedro II; e a cena da cantora Anitta puxando coro de “sem anistia” do alto de um trio elétrico, em Salvador.

No caso do beijo gay, o problema, obviamente, não foi o ato em si, mas a escolha dos personagens representados, numa clara afronta à fé cristã. Na alegoria do índio com a cabeça do imperador, não cola a justificativa de expressão artística ou crítica social. E se fosse um português segurando a cabeça de um índio, isso seria normal?, questiona Graeml.

Anitta e a incitação ao ódio no carnaval da intolerância

A terceira cena do carnaval que desperta aquele sentimento de vergonha alheia foi protagonizada pela cantora Anitta. Ao puxar o coro "sem anistia" contra os manifestantes de 8 de janeiro, Anitta “demonstrou uma mistura de falta de empatia, intolerância e incitação das massas ao ódio”. Cristina sublinha que a atitude da cantora é típica da extrema esquerda, que quer criminalizar quem pensa diferente.

A colunista lembra que as pessoas em 8 de janeiro protestavam contra a volta ao poder de um político condenado em três instâncias por corrupção. Nesse contexto, não faz sentido tratar como criminosos manifestantes que simplesmente ousaram protestar na Praça dos Três Poderes contra um governo que estava assumindo após eleição controversa. “Gente que permanece presa sem qualquer prova de que tenha sequer quebra uma vidraça ou vandalizado, muito menos cometido um golpe de Estado”, conclui a colunista.

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